SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil recebeu relatos de que o autor do ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, chegou a convidar uma colega a participar da ação. O ataque deixou uma professora morta e cinco pessoas feridas na segunda (27).
Nesta quarta (29), a investigação vai se concentrar na hipótese de o adolescente de 13 anos ter sido incentivado por estudantes da escola ou por outras pessoas na internet a cometer o crime.
Segundo o delegado Marcus Vinicius Reis, titular do 34º DP (Vila Sônia), uma aluna da escola Thomazia Montoro registrou um boletim de ocorrência no qual afirmou ter sido avisada do ataque pelo agressor, que perguntou se ela queria participar da ação.
Reis não divulgou a data em que o boletim foi feito, nem quando o convite teria sido feito. Segundo o delegado, a menina a princípio pensou que se tratava de uma brincadeira do aluno -depois, recusou o convite.
Até a manhã desta quarta, a investigação ainda aguardava a resposta da Justiça para um pedido de quebra de sigilo telemático de aparelhos eletrônicos do autor do ataque. A polícia quer analisar os equipamentos justamente para saber com quem ele se comunicava e se houve algum auxílio ou incentivo.
O delegado diz que, até agora, os indícios apontam para um planejamento e execução do ataque de forma solitária pelo adolescente. A polícia sabe, no entanto, que ele falava abertamente, com colegas e na internet, sobre a possibilidade de cometer o crime.
Uma funcionária da Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra (Grande SP), onde estudava até o mês passado, registrou um boletim de ocorrência em que afirmou que o adolescente compartilhava vídeos portando armas de fogo e simulando ataques violentos.
Ele chegou a ameaçar de morte um dos alunos da escola, de quem era amigo. A família do aluno ouviu da escola que o agressor seria encaminhado para atendimento em um Caps (Centro de Atenção Psicossocial).
Na manhã de segunda, momentos antes do ataque, ele publicou uma mensagem no Twitter anunciando o que faria.
Além de apurar a participação de outras pessoas, o delegado quer ouvir a professora Ana Célia Rosa, que foi ferida no ataque. Esse depoimento ainda não estava confirmado.
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