O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta terça-feira (11), o policial penal Marcelo de Lima por homicídio triplamente qualificado. No sábado, 1º de abril, após a partida entre Flamengo e Fluminense, pelo Campeonato Carioca, no estádio do Maracanã, Marcelo atirou por nove vezes de pistola automática contra os torcedores do Fluminense Thiago Leonel Fernandes da Motta e Bruno Tonini Moura, em frente a uma pizzaria, causando a morte de Thiago. O agente, lotado na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em audiência de custódia.
A denúncia relata que, por volta das 22h52, em frente à pizzaria Os Renatos, em frente ao estádio, Marcelo teria dito que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”, o que provocou a revolta das vítimas. Após discussão, o denunciado, atirou contra as vítimas, causando a morte de Thiago e ferindo Bruno Moura, que foi levado às pressas para o hospital, onde foi operado e conseguiu se salvar.
O documento encaminhado à 4ª Vara Criminal da Capital informa que “os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações, com emprego de meio que resultou em perigo comum, uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais. Além disso, os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado”.
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