SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As mortes provocadas por policiais militares de folga no estado de São Paulo aumentaram no primeiro trimestre de 2023, que marca o início da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). A comparação é com o mesmo período do ano passado.
No total, foram 29 mortes causadas por agentes de folga, contra 22 no ano passado, uma alta de 32%. Na capital, o crescimento foi de 25%, sendo 20 ocorrências neste ano ante 16 em 2022.
Já entre os policiais de serviço, o número ficou estável, com 75 casos este ano, um a mais que nos primeiros três meses de 2022.
Houve um aumento, porém, na cidade de São Paulo --33 casos, contra 24 óbitos no ano anterior, um crescimento de 37,5%. Os números são da SSP (Secretaria de Segurança Pública).
Segundo o major Rodrigo Vilardi, da Coordenadoria de Políticas de Segurança Pública e Defesa Social da SSP, o aumento das mortes causadas por agentes de folga pode estar ligado a uma reação dos policiais em casos de roubos.
"Maior número de policiais que são vítimas de roubo e, em decorrente reação, eles acabam em legítima defesa alvejando esse infrator que morre durante o confronto", acrescentou Vilardi.
Além disso, ele aponta que aumentou o número de pessoas presas pela PM. Para o major, isso fez crescer a possibilidade de confronto e, consequentemente, de suspeitos mortos.
Especialista em segurança pública e professor da PUC-MG, Luis Flavio Sapori considera que é preciso ter cautela ao analisar números preliminares, que podem cair ao longo do ano.
"É um dado que merece atenção do comando da polícia em São Paulo, merece uma atenção de tentar identificar se houve um fator adicional, alguma coisa nova na atuação operacional dos policiais no estado. Se houve algum nível de crescimento nos confrontos com criminosos, porque pode ser uma hipótese", disse.
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