SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os servidores da Fundação Casa decidiram nesta quinta-feira (4) manter, por tempo indeterminado, a greve iniciada nesta quarta-feira (3). Cerca de mil trabalhadores participaram da votação.
A decisão foi tomada após o Sitsesp, sindicato que representa a categoria, recusar acordo proposto pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), que faz a mediação entre os servidores e a Fundação Casa.
No primeiro dia de greve, na quarta-feira, a adesão foi de 80% em todo estado, de acordo com o sindicato. A Fundação Casa, onde 5.000 adolescentes estão detidos, conta com 9.520 funcionários ativos.
O Sitsesp diz ainda que todas as atividades pedagógicas foram suspensas desde a meia-noite de quarta. A Fundação Casa, porém, nega que isso tenha acontecido e afirma que o funcionamento segue normal em todas as unidades.
O TRT-2 determinou que 80% do quadro de funcionários devem ser mantido nas unidades durante a paralisação, com multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento.
A paralisação começou após o Sitsesp recusar uma proposta de 6% de reajuste salarial apresentada pelo Governo de São Paulo. A entidade pede um aumento de 15%.
Na última proposta do governo, o reajuste foi fixado em 6%, além de aumentos m vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral.
Em nota, a Fundação Casa afirma que concedeu 18,91% de reajuste para os servidores entre 2018 e 2022.
"O governo estadual também realizará as avaliações de desempenho previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) relativas aos anos de 2017, 2018 e 2019, ao longo dos próximos três semestres, viabilizando a possibilidade de progressão funcional nas carreiras", disse a Fundação Casa.
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