SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um suspeito de envolvimento no mega-assalto de Confresa (MT) morreu em confronto na tarde de sábado (13) em uma área de mata de Piuim (TO), segundo a Polícia Militar. Agora, a caçada à quadrilha em fuga há mais de um mês tem cinco presos e 18 suspeitos mortos -17 deles já identificados.

O suspeito foi identificado com o auxílio de testemunhas e da foto de uma embarcação com a quadrilha no começo da fuga. Ele aparece na imagem com uma camisa do Flamengo.

Segundo a PM do Tocantins, a suspeita é de que o homem identificado fosse piloto da embarcação da quadrilha. Testemunhas informaram aos policiais que o suspeito estava carregando um saco e estava escondido em uma área de mata.

A corporação disse que, ao se aproximar do local, o suspeito teria atirado, dando início ao confronto. Com ele, os agentes apreenderam uma pistola.

Os policiais militares do Tocantins informaram que o suspeito foi levado ao hospital de Marianópolis (TO), mas não resistiu aos ferimentos. As buscas, que contam com a participação de cerca de 350 policiais de cinco estados, continuam por tempo indeterminado, segundo a PM.

Ao longo da operação, além da pistola do último confronto, foram apreendidas 18 armas, dentre elas dois fuzis .50 e 11 AK-47, carregadores, milhares de munições, coletes balísticos, capacetes balísticos, materiais explosivos e detonadores, além de coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras, balaclavas e mochilas

PM do Tocantins, em nota

O QUE SE SABE SOBRE O CASO

Três dos mortos na caçada tinham ligação com o PCC, segundo a polícia: Danilo Ricardo Ferreira, 46, suspeito de participar de assaltos a condomínios de luxo; Celio Carlos de Monteiro, 62; e Ronildo Alves dos Santos, 41, o Magrelo, que já respondeu por crimes como homicídio, porte ilegal de armas, receptação e formação de quadrilha.

A reportagem não localizou os representantes legais das famílias dos mortos para que pudessem se manifestar.

A Polícia Civil analisa o DNA dos suspeitos mortos em confronto com as forças de segurança em meio à caçada no Tocantins. O objetivo é verificar se a quadrilha em fuga participou de outros mega-assaltos no país.

Um dos fuzis apreendidos após confronto entre as forças de segurança e os suspeitos pertence à Polícia Militar de São Paulo. A arma foi identificada por causa do brasão, segundo a PM de Tocantins, que vê na apreensão mais um indício de que os criminosos atuavam em território paulista.

Os criminosos adotam a tática de "domínio de cidades". A ação é um avanço em relação ao "novo cangaço" por ser mais perigosa e planejada. Essas quadrilhas contam com armas de grosso calibre, explosivos e veículos blindados para enfrentar as forças de segurança.


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