SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O sócio do empresário mineiro morto após viajar de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul para cobrar uma dívida foi preso pela polícia após comprar pás, lonas e outros itens supostamente utilizados na ocultação do cadáver, segundo a Polícia Civil.
O corpo do empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, 41, foi localizado no último domingo, em área de mata na região de Santo Antônio da Patrulha.
Ele estava coberto por folhas, telhas e outros objetos.
A vítima apresentava pelo menos nove perfurações por arma de fogo, e a suspeita é de que o crime tenha ocorrido no dia do desaparecimento.
Dois homens estão presos preventivamente por suspeita de participação no homicídio e na ocultação do cadáver.
O sócio da vítima, que foi a primeira pessoa a depor sobre o caso, é um deles, informou a Polícia Civil, em coletiva de imprensa na manhã desta segunda feira (12). A identidade dele não foi divulgada.
Os agentes descobriram que ele teria adquirido lonas, pás e outros itens supostamente usados na ocultação do cadáver.
Inconsistências no depoimento levaram ao pedido e deferimento de prisão temporária do sócio de Melo, que foi posteriormente convertida em prisão preventiva.
As buscas, realizadas ao longo de sete dias, contaram com apoio de cães farejadores do Corpo de Bombeiros Militar, da Brigada Militar e do Instituto-Geral de Perícias.
No sábado, outro suspeito de participação na morte, cuja identidade também não foi revelada, já havia sido preso.
DÍVIDA ERA DE R$ 5 MILHÕES
A dívida que motivou o empresário mineiro a viajar para o outro estado, inicialmente estimada em R$ 1 milhão, na realidade era muito maior: R$ 5 milhões no total, segundo a polícia.
A soma, que não foi paga, refere-se à comercialização de 44 veículos.
Por acreditar ter sido vítima de um golpe, Melo saiu no dia 1º de junho de Belo Horizonte (BH), onde mora, com destino a Novo Hamburgo (RS), para investigar o ocorrido e tentar reaver o dinheiro.
As últimas imagens de Melo com vida foram captadas no dia 2 por câmeras de segurança de um posto de gasolina em Tangará, onde ele parou para abastecer.
Samuel fez contato pela última vez com a família no dia do desaparecimento, relatando que não encontrou os veículos que deveriam estar à venda na cidade.
As investigações sobre o caso prosseguem para que sejam detalhadas as circunstâncias que motivaram o crime.
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