SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A revisão do Plano Diretor de São Paulo abrirá novas áreas na cidade para receber prédios mais altos. Bairros como Lapa, Freguesia do Ó, Santana, Sapopemba e Vila Sônia podem estar entre os mais impactados com as mudanças.

Essa discussão só será finalizada com a mudança da Lei de Zoneamento, que deve começar a ser analisada pelos vereadores da capital nas próximas semanas. A discussão de regras em cada quarteirão da cidade depende do Plano Diretor, que estabelece regras mais gerais.

A previsão é que a revisão do plano seja votada de forma definitiva na próxima segunda-feira (23), e a proposta da prefeitura para o zoneamento seja enviada à Câmara Municipal até o fim de junho. Porém as mudanças antecipadas pelo relator do tema, Rodrigo Goulart (PSD), já dão uma ideia de como a cidade pode ficar.

Uma das mudanças mais debatidas na revisão são as áreas ao redor dos eixos de transporte, que têm os regramentos mais permissivos para altura de prédios na cidade. A ideia é que o tamanho dessas áreas possa ser ampliado.

Após pressão de entidades de bairro, especialistas e políticos da oposição, Goulart deve permitir essa mudança para uma área menor do que o previsto até a primeira votação no plenário da Câmara. Em vez de possibilitar a expansão dos eixos em um raio de até um quilômetro a partir das estações de metrô e trem, a ideia é que esse raio seja de 800 metros ou até menos.

O laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper projetou alguns cenários hipotéticos do novo desenho dessas áreas que podem ter verticalização liberada.

Se a mudança for permitida apenas em um raio de 700 metros, uma hipótese que tem sido discutida nesta quarta-feira (21), a mudança valeria para parte das quadras incluídas na projeção do estudo.

Essas áreas correspondem às quadras em vermelho nos mapas desta reportagem.

O relator do projeto diz que o desenho final dos eixos deve ser menor do que qualquer projeção, pois dificilmente a expansão seria confirmada em 100% dessas áreas na revisão do zoneamento.

Com a mudança, de um quilômetro para 800 ou 700 metros, cerca de 90% das novas áreas ficariam a uma distância de 15 minutos a pé das estações e corredores de ônibus. É uma melhoria em relação à proposta inicial, segundo o time de pesquisadores do Insper, pois antes havia o risco de construir mais prédios em áreas mais distantes do transporte público -a intenção no Plano Diretor é o contrário.


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