SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil prendeu, na terça-feira (27), um jovem de 18 anos, suspeito de assediar e atacar ao menos dez mulheres que faziam caminhadas ou praticavam corridas no parque Cidade de Toronto, na região de Perus, norte de São Paulo.
Segundo a delegada Patrícia Vaiano Mauad, titular da 9ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), seis vítimas já teriam reconhecido o suspeito -outras mulheres seriam ouvidas ainda nesta quarta-feira (28).
"Acreditamos que o número de vítimas vai aumentar", afirmou a delegada, que espera pelo aparecimento de mais mulheres após a notícia da prisão, que temporária de 30 dias, e que foi mantida após audiência de custódia.
Segundo a policial, as mulheres eram atacadas nos glúteos quando praticavam as atividades físicas, de diferentes maneiras: com tapas, mordidas, apertões, chineladas ou pauladas. E que ficavam com marcas na região atingida.
Em publicação nas redes sociais, a Polícia Civil escreveu que o suspeito preso pode ser o "maníaco do parque Toronto".
De acordo com a delegada Mauad, o jovem, que mora próximo ao parque da zona norte paulistana, confessou que atacava as vítimas desde janeiro.
Ele agia sempre da mesma forma: entre 18h30 e 21h30, escolhia a vítima, a seguia por um longo percurso para atacar e fugir depois.
Em depoimento, conforme a titular da DDM, ele disse que sentia um "desejo incontrolável" para assediar mulheres e "adrenalina na hora da fuga".
Também contou que assistia a vídeos de pornografia na internet.
"Não havia um padrão de vítima, não importava a idade da mulher assediada", afirmou.
O suspeito foi preso após três dias de investigações. Durante o período, a polícia conseguiu imagens do jovem atrás de mulheres na pista de caminhada do parque. "Ele contou que nesta semana ainda não havia atacado ninguém."
Segundo a policial, que não relevou o nome do jovem, um advogado acompanhou o depoimento do suspeito, mas não assinou o documento, por isso, não soube dizer se o preso já tem defesa constituída.
Ainda de acordo com Mauad, mulheres frequentadoras do parque criaram um grupo no WhatsApp e havia ameaça de linchamento por parte de maridos.
O jovem, disse, morava com os pais, que ficaram surpresos com a confissão do filho em depoimento sobre os assédios. "As famílias muitas vezes não sabem o que os filhos veem na internet"
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