SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um professor denunciou que foi vítima de racismo em uma abordagem de policiais militares da Bahia durante uma festa junina na cidade de Ipiaú, no sul do estado.
William Silva aparece algemado em imagens divulgadas por ele nas redes sociais. Ele é professor universitário e coordenador do curso de nutrição do centro universitário UniFTC, na Bahia.
Ele relatou que estava em um camarote e foi abordado, empurrado e acusado pela PM de ter furtado três aparelhos de celular. "Hoje foi um dia memorável, muito triste, me sinto a pior pessoa do mundo, fui ridicularizado e injustiçado", escreveu. O caso será investigado pela Polícia Civil.
O professor diz que a abordagem foi motivada por "preconceito estrutural" e que não havia nenhuma prova contra ele. "Na abordagem, comecei falar que eu não era bandido e não era ladrão, informei que eu era professor. Hoje os livros que eu estudei sobre preconceito estrutural fizeram todo o sentido", lamentou.
Por nota, a PMBA informou que policiais militares foram acionados para averiguar denúncia de furtos de celulares em um camarote. "Ao chegar ao local, os militares foram informados pelas vítimas sobre um possível autor dos furtos", esclareceu a corporação.
Segundo a PM, os agentes se aproximaram do homem para esclarecer o fato e foram recebidos de maneira agressiva. "O suposto autor passou a esboçar reação de fuga, empurrando e desacatando os policiais. Durante a condução dos envolvidos ao posto policial, o homem agrediu um dos policiais militares com seus braços e pernas", diz nota.
O professor William Silva foi levado à delegacia, ouvido e liberado. O caso foi registrado na noite de quinta-feira (29).
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