O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou uma amizade "sólida" com o aliado mais próximo de Washington, o Reino Unido, nesta segunda-feira (10), ao visitar o escritório do primeiro-ministro Rishi Sunak em Londres para conversas a caminho de uma cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) planejada para mostrar a determinação ocidental sobre a Ucrânia.
Biden desembarcou em Londres na noite de domingo para iniciar uma viagem por três países, incluindo a cúpula da Otan na Lituânia, na qual os aliados pretendem mostrar solidariedade à Ucrânia contra a invasão da Rússia, embora ainda não aceitem Kiev como membro da aliança.
Ambos os lados minimizaram o encontro do presidente com Sunak, o quinto em vários meses, descrevendo-o como uma continuação de discussões de longa data, embora tenha sido a primeira visita de Biden ao escritório do primeiro-ministro britânico em Downing Street como presidente.
Biden também deve se encontrar com o Rei Charles ainda na segunda-feira, depois de não comparecer à coroação em maio. Espera-se que eles discutam a mudança climática, uma causa que o monarca há muito abraça.
"Ótimo para nós continuarmos nossas conversas", disse Sunak a Biden enquanto eles se sentavam no jardim de Downing Street.
"Temos muito o que conversar", respondeu Biden. "Nosso relacionamento é sólido como uma rocha."
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que os dois líderes trocariam observações antes da cúpula da Otan na Lituânia, que começa na terça-feira e será dominada pela crise na Ucrânia.
Antes da viagem, Biden pediu cautela por enquanto sobre a campanha da Ucrânia para ingressar na Otan, dizendo que a aliança pode ser arrastada para a guerra com a Rússia devido ao pacto de defesa mútua da Otan.
"Não acho que haja unanimidade na Otan sobre trazer ou não a Ucrânia para a família da Otan agora, neste momento, no meio de uma guerra", afirmou Biden em entrevista à CNN que foi ao ar no domingo.
A viagem de Biden ocorre alguns dias depois que ele concordou em enviar munições de fragmentação dos EUA para a Ucrânia.
Tais munições são proibidas por mais de 100 países, incluindo o Reino Unido, vistas como uma ameaça para as populações civis porque normalmente liberam um grande número de pequenas bombas que podem matar indiscriminadamente em uma ampla área.
Rússia, Ucrânia e Estados Unidos não assinaram a Convenção sobre Munições Cluster, que proíbe a produção, armazenamento, uso e transferência de armas.
"Acho que você encontra o primeiro-ministro Sunak e o presidente Biden na mesma página estrategicamente sobre a Ucrânia, em sintonia com o quadro geral do que estamos tentando realizar e mais unidos do que nunca", disse Sullivan no domingo.
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