Após duas rodadas, a estreante Irlanda já não tem mais chances de avançar na Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia. No entanto, já deixou uma marca na história: na derrota por 2 a 1 para o Canadá, nesta quarta (26), em Perth (Austrália), a meio-campista Katie McCabe abriu o placar com um golaço olímpico, apenas o terceiro na história das Copas (feminina e masculina). Um gol contra da irlandesa Connolly abriu o placar no primeiro tempo, e na volta do intervalo Leon virou para as canadenses, atuais campeãs olímpicas. Com o triunfo, o Canadá chegou ao quatro pontos e lidera momentaneamente o Grupo B. As irlandesas, sem pontos, estão eliminadas.

Ainda nesta quarta, às 22h (horário de Brasília), tem duelo de peso pelo grupo E. Estados Unidos e Holanda, que fizeram a final da última edição, na França (2019), se enfrentam em Wellington, capital da Nova Zelândia, com a ponta da chave em jogo. Ambas as seleções venceram na primeira rodada.

O primeiro lance de destaque do jogo foi logo o mais impressionante. Aos três minutos, Katie McCabe cobrou escanteio pelo lado direito do ataque irlandês. A batida com a perna esquerda, com efeito, encobriu a goleira Kailen Sheridan e entrou no canto direito da meta. Um golaço inesquecível.

Com a vantagem precoce no placar, a Irlanda colocou em prática a estratégia de dar a bola para as adversárias e esperar por boas oportunidades para atacar. O Canadá, mesmo com domínio da posse, criava pouco, enquanto a seleção europeia levava perigo com mais frequência. Carusa foi lançada em um lance na entrada da área e chutou cruzado para defesa de Sheridan.

O Canadá assustou quando a zagueira Gilles, na pequena área, completou por cima do gol após jogada aérea. No entanto, no último dos cinco minutos de acréscimo da primeira etapa, as canadenses foram presenteadas quando Connolly, ao tentar cortar a jogada pela esquerda, acabou desviando a bola para o próprio gol e marcando contra, surpreendendo a goleira Brosnan.

Canadá muda e vira após intervalo

Após o intervalo, a técnica do Canadá, Beverly Priestman, apostou em três trocas de uma vez. Uma das atletas a entrar foi a veterana Christine Sinclair, de 40 anos, que, assim como Marta, busca ser a primeira jogadora a marcar em seis edições de Copa. As mudanças surtiram efeito e o Canadá passou a criar e finalizar mais, rapidamente superando a Irlanda em chutes a gol.

A virada veio aos oito. Leon recebeu na entrada da área, no meio da defesa irlandesa e, na raça, finalizou com a ponta da chuteira para bater Brosnan.

Daí em diante o jogo ficou mais aberto, embora o Canadá levasse mais perigo. Sinclair teve pelo menos duas boas chances de marcar seu gol histórico, mas não conseguiu. No lado irlandês, McCabe quase marcou outro gol antológico após jogada individual em que driblou três adversárias.

Ao fim, as canadenses respiraram aliviadas com a vitória suada, enquanto as irlandesas choraram a eliminação precoce.

A segunda rodada do grupo B ainda será finalizada com o duelo entre Austrália e Nigéria, nesta quinta (27), às 7h de Brasília, em Brisbane. Uma vitória das donas da casa significa a classificação antecipada para as Matildas. Como qualquer resultado levará uma das equipes a pelo menos quatro pontos, a Irlanda não tem mais como chegar às duas primeiras posições da chave.

A classificação final do grupo B será decidida na terceira e derradeira rodada da chave. Na segunda (31), Canadá e Austrália se enfrentam em Melbourne, enquanto Nigéria e Irlanda medem forças em Brisbane.

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Canadá | Copa Feminina | Esportes | futebol | gol olímpico | Grupo B | Irlanda | Katie McCabe


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