SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decidiu prorrogar novamente a campanha de vacinação contra gripe. Todas as pessoas com mais de seis meses de idade poderão receber o imunizante até o dia 31 de agosto.

A medida é uma maneira de aumentar a cobertura vacinal e evitar internações e mortes pela doença. Desde janeiro, foram 222 óbitos decorrentes de casos graves relacionados às diferentes linhagens do vírus Influenza. No mesmo período do ano passado, foram registradas 266 mortes.

A queda observada na letalidade, porém, não se repete nas hospitalizações. Neste ano, foram registradas 2.398 internações por gripe até a última semana de julho, contra 1.596 no ano passado, uma alta de 50,2%.

Segundo a secretaria, a meta de cobertura vacinal para o estado é de 90%, porém até esta segunda-feira (31) a taxa estava em 47,8%, o equivalente a 12.017.605 doses aplicadas.

ENTENDA A VACINA

O vírus que causa a gripe é o Influenza, sendo os tipos A e B os mais comuns entre humanos. No caso do A, as linhagens H1N1 e H3N2 são as principais causadoras da doença, por isso a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e disponibilizada no SUS contêm as duas cepas em sua formulação.

Além delas, uma terceira linhagem compõe a vacina. Nesse caso, é do tipo B, que é dividido em Yamagata e Victoria -é esta última linhagem que foi utilizada na vacina de 2023.

O imunizante leva o organismo a produzir anticorpos contra a infecção e estimula a memória das células para que elas aprendam a lidar com o vírus. Menos de 10% das pessoas que recebem a vacina desenvolvem febre, mal-estar e dores musculares e reações alérgicas são consideradas raras.


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