PAULO EDUARDO DIAS - JOELMIR TAVARES
SÃO PAULO
Agente não faz contato com a família desde o último domingo; veículo dele foi encontrado em Perus
(FOLHAPRESS) Em 17/08/2023 20h51
A Polícia Civil apura o desaparecimento de um investigador de 41 anos, funcionário do 28° DP (Freguesia do Ó), localizado na zona norte de São Paulo. Ele não fez mais nenhum contato com a família desde a noite de domingo (13).
O Fiat Argo do policial foi encontrado na manhã de segunda (14) na rua Chambourcy, em Perus, na zona norte. Ele utilizava o veículo na noite do sumiço.
A Folha conversou com policiais que participam da investigação, que pediram anonimato. Conforme eles, as apurações sugerem que o investigador estaria em poder de criminosos na favela de Paraisópolis.
A investigação está sendo feita pelo próprio 28º DP e conta com o auxílio do setor de inteligência da instituição. Na tarde desta quinta-feira (17), o caso passou a ter acompanhamento do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
Fachada do 28° DP (Freguesia do Ó), na zona norte de São Paulo Paulo Eduardo Dias/Folhapress Fachada do 28° DP (Freguesia do Ó), na zona norte de São Paulo **** O boletim de ocorrência comunicando o desaparecimento foi registrado pelo pai do policial. Ele disse aos investigadores que o filho tem transtorno bipolar e não estava bem há duas semanas.
Ao desaparecer, o investigador estava em período férias.
A reportagem procurou a SSP (Secretaria de Segurança Pública), que não se pronunciou.
MORTE DE PM
A policial militar Juliane dos Santos Duarte, 27, desapareceu na madrugada do dia 2 de agosto de 2018 depois de ir a um bar em Paraisópolis. Seu corpo foi encontrado quatro dias depois dentro um carro estacionado nas imediações da ponte do Socorro, na zona sul, a 8,5 km de onde havia sido vista pela última vez.
Os exames periciais apontaram que a soldado morreu entre 24 horas e 48 horas antes da localização do corpo. Segundo testemunhas, a soldado foi levada por bandidos ainda com vida na madrugada de quinta-feira de um bar na favela. Ela teria ficado em poder dos criminosos até que seu destino fosse decidido, em uma espécie de tribunal do crime.
Quando desapareceu, Juliane foi levada por um bando de homens encapuzados e armados, após ter o celular roubado e se identificar como policial. Era a primeira madrugada dela em férias. Após o desaparecimento, policiais civis e militares passaram a vasculhar a região da comunidade, com carros e helicópteros.
De acordo com o então corregedor da PM, coronel Marcelino Fernandes, a moto que a policial usava naquele dia foi encontrada em Alto de Pinheiros, na zona oeste.
Juliane era policial militar havia dois anos.
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