SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo anunciou que trocará o comando da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O engenheiro Hemilton Tsuneyoshi, atual diretor de operações da companhia, assume o posto de presidente.
Assim que os trâmites burocráticos forem finalizados, diz a gestão municipal, o atual presidente Jair de Souza Dias deixará o cargo.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que não há prazo para a mudança.
O anúncio acontece depois vir à tona a informação de que a Prefeitura de São Paulo passou um ano sem instalar faixas azuis para motocicletas em quatro avenidas da cidade, estourando o prazo que tinha para implementá-las em caráter experimental.
A administração municipal pediu à Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) uma ampliação do prazo para o projeto incompleto, que é uma das vitrines da gestão.
No dia 5 de agosto do ano passado, a secretaria nacional publicou uma autorização para que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) implementasse as faixas exclusivas para motos nas avenidas Santos Dumont, Tiradentes e Prestes Maia, que compõem o corredor Norte-Sul, e para as avenidas Rubem Berta e Bandeirantes. Apenas esta última foi implementada depois de um ano, que era o prazo para colocá-las em prática.
A Senatran diz que o pedido de ampliação de prazo está em análise. Enquanto não há resposta, a autorização para implementar a faixa azul continua valendo. A prefeitura diz que não vai implementar as faixas exclusivas enquanto não for concedida a ampliação de prazo.
Os trechos do corredor Norte-Sul e da avenida Rubem Berta que ficaram um ano sem receber as faixas azuis somam cerca de seis quilômetros.
A faixa azul é parte de um projeto que visa diminuir os acidentes e a lentidão. Hoje essa sinalização está em testes apenas nas avenidas 23 de maio e Bandeirantes, onde a prefeitura diz que não houve nenhuma morte de motociclistas desde que foram implementadas.
O plano da gestão municipal, anunciado em janeiro, é implantar 220 quilômetros de faixas exclusivas para motos a mais na cidade. A prefeitura ainda não tem autorização para implementar 200 quilômetros desse total, pois esse projeto também está em análise na Senatran.
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