SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Caso a greve dos funcionários do metrô de São Paulo se prolongue até esta quarta-feira (4), a multa imposta aos metroviários subirá para R$ 2 milhões.

Trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp entraram em greve nesta terça (3), em protesto contra os planos de privatização das três companhias, anunciados pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No último dia 29, o TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) determinou que, no dia da greve, os funcionários do Metrô teriam de manter 100% da operação nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 80% nos demais horários. Em sua decisão, o desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira havia estabelecido multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento dos termos.

Nesta terça, contudo, atendendo a um pedido do Metrô, o juiz proferiu nova decisão e determinou que, caso a paralisação se estenda até esta quarta e os metroviários não estejam operando com os efetivos exigidos (100% em horário de pico e 80% no restante), a multa será ampliada para R$ 2 milhões.

Segundo Oliveira, a decisão ocorre "em razão do efetivo descumprimento da ordem judicial", "em evidente desprestígio ao Poder Judiciário", e "considerando a hipotética prorrogação do movimento paredista para o dia 4 de outubro de 2023".

Funcionários do metrô estão reunidos em assembleia na noite desta terça para definir os rumos da greve.


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