SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-RJ) cobrou, em entrevista à GloboNews, a apuração do assassinato do irmão dela, o ortopedista Diego Ralf de Souza Bomfim, em um quiosque no Rio de Janeiro no início da madrugada desta quinta-feira (5). Além de Diego, outros dois médicos que estavam com ele também morreram e outro ficou ferido.

Sâmia disse que o episódio é um "crime bárbaro". "Primeiro eu queria demonstrar minha solidariedade com as famílias dos dois médicos que também foram vitimados nesse atentado. Quero agradecer à toda solidariedade. Recebi muitas mensagens, telefonemas. Só consigo agradecer a todo mundo. Nós exigimos apuração. Foi um crime bárbaro, a gente quer apuração. A gente já entrou em contato com o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal possa acompanhar a apuração desse crime", afirmou.

A parlamentar desembarcou no início da tarde desta quinta-feira em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Ela estava acompanhada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), marido dela.

DELEGADO DEFENDE INTEGRAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES

O secretário de Estado de Polícia Civil, delegado José Renato Torres, afirmou ter certeza que "não ficará impune" o assassinato dos três médicos.

O chefe da Polícia Civil afirmou que o governador "pediu todo o empenho" para solucionar o crime. "Tenho certeza que esse crime não vai ficar impune com as demais parcerias", afirmou Torres.

Em conversa com o ministro da Justiça, entendemos que teríamos que ter uma cooperação e integração [entre as polícias] para dar uma solução mais rápida a este bárbaro crime. Delegado José Renato Torres, secretário de Estado de Polícia Civil do Rio

Representantes da Polícia Civil, Polícia Federal e MP falaram à imprensa por cerca de cinco minutos nesta quinta-feira, mas não abriram espaço para perguntas dos jornalistas.

"Todos os recursos que forem julgados necessários, a Polícia Federal está à disposição para colaborar", garantiu o delegado João Paulo Garrido, da Superintendência da Polícia Federal no Rio. Segundo ele, a PF está atuando em cooperação com a Polícia Civil "desde as primeiras horas".

O CRIME

Os médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim estavam em um quiosque por volta das 00h59 quando foram mortos. Uma quarta vítima está internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge.

Imagens da câmera de segurança mostram que os bandidos descem de um carro branco, se aproximam das vítimas e atiram. Eles não levam nenhum pertence e nenhum outro cliente do quiosque é ameaçado.

A Polícia Federal também vai apoiar as investigações porque um dos médicos, Diego Bomfim, é irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL). Ela é do mesmo partido de Marielle Franco, assassinada em 2018.


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