RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de Pernambuco prendeu nesta terça (24) três homens suspeitos de envolvimento no assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, 69. O magistrado da 21ª Vara Cível do Recife foi morto a tiros na noite de 19 de outubro, em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana da capital pernambucana.
Os suspeitos foram localizados em uma casa no Cabo de Santo Agostinho (PE) durante uma operação policial na madrugada desta terça. Na ação também foi apreendido o carro utilizado no crime. Outros dois suspeitos estão foragidos.
Os suspeitos foram indiciados por latrocínio -roubo seguido de morte. Segundo a polícia, um dos presos confessou participação no crime e afirmou que o magistrado foi morto após reagir a uma tentativa de roubo do carro. Procurado, o TJ-PE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) não se manifestou.
A polícia não soube dizer se os suspeitos já têm advogado.
Os três homens presos foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa em Cordeiro, na zona oeste do Recife. Eles passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva. Depois foram encaminhados para o Cotel (Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna), em Abreu e Lima (PE).
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o suspeito que teria confessado o crime disse que o grupo primeiro roubou um carro em Pontezinha, no Cabo de Santo Agostinho, e depois seguiu para Jaboatão dos Guararapes, onde o juiz foi assassinado. O carro roubado pelos criminosos foi localizado pela Polícia Civil, e o dono do veículo prestou depoimento.
O preso contou à polícia que os suspeitos cercaram o carro do magistrado e dois homens entraram no veículo. Em seguida, exigiram que a vítima entregasse o carro. O juiz, no entanto, teria reagido e tentado dar ré. Foi nesse momento que um dos suspeitos atirou contra o magistrado. Paulo Torres Pereira da Silva foi morto com um tiro na região da nuca, atrás da orelha esquerda.
O juiz foi assassinado a cerca de 300 metros do prédio onde morava com os filhos e a esposa. Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionada, mas o médico da unidade móvel confirmou o óbito.
Em nota divulgada na ocasião, o TJ-PE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) disse que Torres era juiz havia 34 anos e em várias oportunidades atuou como desembargador substituto. "Conhecido como Paulão, o magistrado era muito querido por todos que fazem o Judiciário pernambucano", diz a nota.
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