O judô brasileiro faturou a prata na disputa final por equipes, a última da modalidade nos Jogos Pan-Americanos de Santigo (Chile). Nesta terça-feira (31), o time nacional lutou de igual para igual contra a equipe cubana, ganhando três embates e perdendo outros três. No entanto, tropeçou na luta de desempate, deixando escapar a medalha de ouro.

Em meio à corrida por vaga olímpica para Paris 2024, o judô brasileiro sobressaiu no Pan ao assegurar 16 medalhas (sete ouros, três pratas e seis bronzes), três a mais que o melhor resultado obtido há 12 anos, na edição de Guadalajara (México).

“Acho que a gente fez uma campanha boa, a galera mais nova [como Michel Augusto, de 18 anos, ouro no individual] chegando com força total, que foi bem nos Jogos da Juventude e conseguiu ouro aqui. É bacana ver esta renovação. Fico feliz de participar deste momento, ver o que eu consigo melhorar, evoluir, e ir para cima da classificação olímpica para chegar a Paris e encerra a carreira com chave de ouro”, projeta o peso pesado Rafael ‘Baby’ Silva, de 36 anos, que faturou o bronze individual nesta edição.

A classificação para Paris (serão 14 categorias individuais, além do torneio por equipes) ocorre com base no ranking mundial da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês), mediante pontuação obtida entre julho de 2022 e junho de 2024).

“O trabalho é feito realmente mirando os Jogos Olímpicos de Paris, mas claro que sempre queremos ganhar, sempre buscamos o melhor resultado. Estamos trabalhando com essa equipe mesclada, que tem atletas muito experientes e novatas, isso é muito importante e fortalece muito a equipe. O trabalho para o Pan foi diferente, tivemos que classificar para vir, foi a primeira vez que aconteceu isso. Mesmo com atletas multicampeões, medalhistas olímpicos e mundiais, eles estavam motivamos para estar aqui e buscar a medalha”, avaliou Andrea Berti, treinadora da equipe feminina, em depoimento ao site do Comitê Olímpico do Brasil.

Competição por equipes

Até chegar à decisão pela medalha de ouro, o time brasileiro (formado por três homens e três mulheres) desbancou Venezuela (4 a 1) e Colômbia (4 a 0).

Na final contra a equipe cubana, a primeira a colocar o Brasil na frente do placar, sem nem precisar pisar no tatame, foi Rafaela Silva (57 quilos). Isto porque do lado adversário não havia nenhuma judoca na categoria. Em seguida, foi vez de Gabriel Falcão (73 quilos) ampliar para o Brasil ao aplicar um waza-ari em Magdiel Estrada. Os dois embates seguintes não foram tão bons: Luana Carvalho (70 kg) perdeu para Idelannis Gómez e Rafael Macedo (90 kg) sofreu revés de Iván Silva Morales.

O placar seguia empatado até Beatriz Souza levar a melhor sobre Idalys Ortiz e o país voltar a ficar na frente por 3 a 2. Na luta, os cubanos empataram mais uma vez, com Andy Gandra derrotando o mato-grossense Rafael ‘Baby’ Silva. Os pesos-pesados Baby e Gandra foram os sorteados para voltar ao tatame na luta de desempate (golden score). O cubano saiu vitorioso com menos punições (shidôs): levou duas e Baby três.

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