SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Manuel Palácios, participa nesta quarta-feira (8) de audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Na apresentação, ele explicou que as questões do Enem não exigem que o aluno concorde com os textos de apoio, só que os compreenda.

"Estudantes não precisam concordar com o conteúdo de um suporte, pois o que é avaliado é a compreensão do conteúdo", disse ele.

"A capacidade de compreender textos diversos, com posicionamentos variados e divergentes, é fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico e o sucesso na educação superior", disse Manuel Palácios, presidente do Inep.

Fala do educador acontece após críticas a questões do exame. Primeiro dia do exame aconteceu no fim de semana, e a Frente Parlamentar do Agronegócio pediu a anulação de três itens que considerou de "cunho ideológico".

"O Enem não demoniza o agronegócio, o Inep não demoniza o agronegócio, todos reconhecemos a imensa importância do agronegócio no país", respondeu Palácios a ser questionado pelo assunto.

Ele também defendeu questões que abordem discriminação de raça e gênero. "Racismo é crime, feminismo não é uma doutrina, é a defesa dos direitos da mulher. Não me parece que sejam doutrinários itens que coloquem em evidência as questões relacionadas à discriminação racial e contra a mulher", falou.

Palácios também explicou que questões do Enem são elaboradas com rigor. "O Enem é um teste construído com critérios técnicos muito rigorosos, com o objetivo de ser um processo justo de seleção dos estudantes que ingressam na educação superior. A preocupação permanente do Inep é que o exame produza resultado com critério de justiça".


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