Na cerimônia, foram entregues à Polícia Militar 218 veículos novos, adquiridos pelo Executivo estadual por R$ 47,2 milhões. Cem das novas viaturas foram expostas hoje no Palácio Guanabara.
“É o governo do estado mostrando que não está inerte e não está parado, como diria o poeta, vendo a banda passar, cantando coisas de amor. A gente está aqui trabalhando muito e pesado, investindo onde precisa de verdade. A segurança pública é na transversalidade um pilar da sociedade. Sem segurança pública, não se consegue ter desenvolvimento econômico, emprego, educação, saúde, enfim, transporte", destacou Castro.
Por isso, hoje o governo do estado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública estão se unindo para que se possa dar "um passo efetivo nas atividades criminosas e trabalhar para ter um país mais seguro”, acrescentou Castro.
Para o secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, a chegada dos novos carros dará mais mobilidade aos policiais. A frota vai sendo renovada ano a ano, disse o coronel, lembrando que, em 2022, foram comprados 500 carros. Neste ano, serão ao todo 440 e, no próximo ano, mais 400 carros. “Estamos renovando a frota, dando mais segurança ao policial militar e mais mobilidade também. Todas as viaturas compradas do ano passado para cá já são com blindagem parcial, protegendo principalmente a parte da frente que protege o policial no primeiro impacto”, disse Pires, em entrevista à Agência Brasil.
Outro equipamento que a Polícia Militar do Rio está adquirindo são os capacetes com camadas de blindagem. “É a primeira vez que a gente compra capacetes balísticos, que protegem contra tiros de fuzil. No ano passado, foram adquiridos 1.300, e a gente projeta comprar mais para distribuir para toda a Polícia Militar. Os policiais que fazem as operações [em áreas conflagradas] são obrigados a usar o capacete justamente para proteger sua vida.”
De acordo com o ministro da Justiça, além dos carros entregues nesta quarta-feira à Polícia Militar para o combate à violência no Rio, serão mantidas as viaturas da PRF, da PF e da Força Nacional que vieram para o estado para uma atuação conjunta com as forças de segurança estaduais.
“Esta é a demonstração de que vamos continuar nesse caminho, que se revelou produtivo, sobretudo em dois pilares essenciais: a inteligência financeira, fortalecida hoje por esse comitê bipartite, governo federal e governo do estado”, afirmou Dino, ao lembrar que tem se reunido com os presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do Coaf, Ricardo Liáo, e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo é a integração plena desses organismos neste trabalho no Rio.
Outra vertente é relativa à questão logística com a atuação das Forças Armadas, somada a um terceiro vetor decisivo, que é a cooperação jurídica e policial internacional. Dino revelou que foi ao Paraguai e ontem (7) recebeu o presidente da Interpol e toda a sua equipe. Para esta quarta e para a quinta-feira, estavam previstos encontros com ministros da Bolívia e da Argentina, que, para o ministro, são países importantes nessa ação conjunta contra o crime organizado.
Parceria
Cláudio Castro enfatizou que a relação do governo do Rio de Janeiro com o Ministério da Justiça não poderia ser melhor. “Daquela brincadeira – se melhorar estraga, então, é melhor deixar como está para não estragar. As equipes estão extremamente integradas, e o que tem que ser feito agora é essa parceria dar resultado para a população”, completou.
Flávio Dino concordou e disse que este modelo é o certo. “Modelos de respeito total às competências federativas e busca de entendimento, quando possível. Nenhuma relação humana é perfeita, e é claro que a relação federativa tem seu momento de convergência e outros de eventual divergência, e isso é normal. O que nós buscamos é valorizar as convergências por sobre as divergências, o que tem permitido essas sucessivas visitas ao Rio de Janeiro", afirmou.
Segundo Castro, as conversas para a criação do Cifra foram intensificadas após operações realizadas no complexo de favelas da Maré, onde havia uma área para treinamento de criminosos. “Preliminarmente a isso, vínhamos com ações pontuais, mas, a partir sobretudo da questão da Maré, tivemos possibilidade de sentar de verdade para preparar um projeto de Brasil e, a partir do Rio de Janeiro, tem essa questão da segurança pública.”
O governador destacou a importância de o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o presidente da República terem entendido que "não é só uma questão de vir aqui e fazer a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), fazer intervenção, fazendo o trabalho do governo do estado”.
Para Castro, o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos, que começa a trabalhar hoje, é um pilar fundamental para o sucesso do trabalho do governo. "Está muito claro, não estou dizendo que não existe, mas não são mais malotes de dinheiro para cima e para baixo. Esse problema da lavagem de dinheiro está funcionando dentro do sistema financeiro nacional, quando eles entram no sistema financeiro nacional, eles entram em uma normalidade quase formal, e não podemos deixar que se formalize a atividade criminosa”, afirmou o governador. Ele afirmou que a ação do Cifra vai dar condições reais de atacar este problema.
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Cifra | Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos | Justiça | Lavagem de Dinheiro | recuperação de ativos | Rio de Janeiro
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