SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Medição preliminar do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) apontou que a cidade de São Paulo teve o segundo dia mais quente do ano nesta terça-feira (14). Segundo medição da estação automática no mirante de Santana, na zona norte, a temperatura máxima chegou a 37,5ºC por ás 15h.

A medição deverá ser atualizada no fim do dia, com dados da estação convencional, que faz a aferição manualmente.

De acordo o instituto, na segunda-feira (13), a medição automática apontou 37,4ºC no mesmo horário.

Na manhã desta terça, porém, o instituto atualizou a máxima da véspera para 37,7ºC, com base na medição da estação convencional, que é a referência para definição da temperatura na cidade.

A temperatura desta segunda-feira, mais alta no ano, é a segunda maior em 80 anos na cidade de São Paulo, desde que o Inmet começou a fazer a medição. O recorde foi registrado em 17 de outubro de 2014, com 37,8°C.

A capital paulista registrou nesta terça-feira o sétimo dia seguido com temperaturas máximas acima de 30°C.

Em suas estações meteorológicas, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da Prefeitura de São Paulo, chegou a registrar 39,1ºC nesta terça na Mooca, zona leste.

De acordo com o Inmet, a temperatura máxima prevista para esta quarta-feira (15), feriado de Proclamação da República, é de 37ºC. À tarde, há perspectiva de muitas nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

No estado de São Paulo, a cidade com temperatura mais elevada nesta terça foi Ituverava (a 413 km de São Paulo).

O instituto emitiu na segunda um aviso, no qual prolongou até sexta (17) com um alerta vermelho para a onda de calor que atinge praticamente todo o país, principalmente as regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Uma onda de calor ocorre quando a temperatura máxima fica 5ºC acima da média por ao menos cinco dias consecutivos.

A meteorologista do Inmet Márcia Seabra destaca que o alerta vermelho é o máximo praticado pelo instituto no que se refere ao calor. O primeiro é o amarelo, o segundo, o laranja, e o terceiro, o vermelho. O aviso é válido para todo o Brasil.

"Pelo menos até sexta-feira esse panorama vai se manter. A partir de sábado [18] já existe uma situação de mudança do tempo, mas pode ser que a onda de calor ainda permaneça", diz Seabra.

Conforme o Inmet, a atual onda de calor é a oitava registrada neste ano no país.

O calor deve continuar nas próximas semanas. Isso porque o Brasil sofre diferentes efeitos do El Niño e enfrenta um ano com vários extremos de temperatura, com recorde mundial em outubro.

Embora especialistas não prevejam ondas como essa em dezembro, o que vem pela frente é mais calor. Numa escala dos próximos meses, o aumento das temperaturas, em meio ao verão, acontece também em função do El Niño.

O evento, formado pelo aquecimento das águas do Pacífico equatorial, muda a circulação atmosférica e tem agravado seca no Nordeste e ajudado a bloquear a circulação de frentes frias, que estacionam no Sul e aumentam as chuvas na região.


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