SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem foi baleado no início da noite desta terça-feira (21) em frente a garagem de uma empresa de ônibus na zona sul de São Paulo.

O disparo ocorreu em um dia marcado pelo fechamento de terminais de ônibus na capital paulista, por causa de divergências e clima de tensão na votação para a nova diretoria do SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Urbano de São Paulo).

Segundo a Polícia Militar, por volta das 19h o homem foi atingido no braço na estrada de Itapecerica -no local fica a garagem da viação Campo Belo.

A vítima acabou socorrida pelo resgate do Corpo de Bombeiros ao hospital municipal do Campo Limpo.

Ao menos três viaturas da PM foram a local onde ocorreram "vários disparos". Até a publicação desta reportagem não havia a confirmação de quem deu os tiros e nem se há algum suspeito preso.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, Uma disputa pelo comando do SindMotoristas está por trás da mobilização da manhã desta terça. Três das quatro chapas que disputam a eleição pediram o adiamento do pleito em três meses para a substituição das cédulas de papel por urnas eletrônicas.

O adiamento chegou a ser aprovado em assembleia da categoria, mas uma decisão da Justiça do Trabalho manteve a votação, que teve início nesta terça e tem previsão de conclusão para esta quarta-feira (22).

Pela manhã, a disputa sindical provocou o fechamento dos terminais de ônibus João Dias, Mercado, Campo Limpo, Capelinha, Santana, Pinheiros, Parque D. Pedro 2º, Santo Amaro e Vila Nova Cachoeirinha, segundo a SPTrans, órgão que faz o gerenciamento do transporte urbano por ônibus no município.

De acordo com a empresa, 530 mil passageiros e 368 linhas de ônibus foram afetados nesta terça.

Além do fechamento dos terminais, ônibus ficaram estacionados por cerca de duas horas nos dois lados de corredores de ônibus na avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste. As vias só foram liberadas por volta das 15h.

A SPTrans afirma ter registrado boletim de ocorrência por causa dos bloqueios e até vandalismo --conforme a estatal, nos atos dos terminais, 17 veículos tiveram as chaves subtraídas (sendo um guincho), dois ônibus acabaram com pneus furados e outros dois foram alvo de depredação.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse à Folha que articuladores da paralisação de motoristas, ataques a ônibus e bloqueios de vias em nove terminais nesta terça-feira (21) agem como uma organização criminosa.

Por causa dos problemas no transporte público, o rodízio de veículos foi suspenso pela prefeitura durante a tarde.


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