SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem de 67 anos foi morto na madrugada de segunda-feira (27), por volta das 2h30, em um centro de acolhida de idosos vinculado à Prefeitura de São Paulo, na Casa Verde, zona norte da capital paulista.

De acordo com a GCM (Guarda Civil Metropolitana), um homem de 71 anos se incomodou com o ronco da vítima, de 67, que estava dormindo, e o golpeou na cabeça com um extintor.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou a morte no local.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o autor confessou o crime e foi conduzido para o 13º DP (Casa Verde), onde o caso foi registrado como homicídio qualificado. Foi solicitada perícia para o local e exames ao IML (Instituto Médico Legal).

O crime aconteceu no CAEI (Centro de Acolhida Especial para Idosos), que fica na Casa Verde e é gerida pela Organização Social CROPH desde novembro de 2021, segundo a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social -que lamentou a morte.

A vítima tinha cadastro na rede socioassistencial desde outubro de 2013 e estava no centro de acolhida desde setembro de 2019, segundo a secretaria.

O autor estava na rede socioassistencial desde agosto de 2018. Ele não possuía histórico de violência ou qualquer registro prévio de conflito com a vítima, aponta a pasta. O homem de 71 anos faz acompanhamento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Adulto.

A secretaria destacou que realiza relatórios técnicos e fotográficos das unidades de atendimento e que todos os apontamentos feitos nas vistorias do centro de acolhida onde aconteceu o crime indicam o atendimento a contento. A última vistoria foi em outubro deste ano.

A reportagem tentou contato via telefone com a CROPH, de manhã e a tarde, mas não foi atendida.

SEGUNDA MORTE DE ACOLHIDOS

Em 19 de março deste ano, um homem de 45 anos morreu após cair em um albergue na Água Rasa, na zona leste.

Segundo a Polícia Militar, o albergado caiu de uma escada dentro do CTA (Centro Temporário de Acolhida) Água Rasa. Ele foi socorrido por uma ambulância do Resgate do Corpo de Bombeiros em parada cardiorrespiratória para o Hospital João 23, na Mooca.

A Prefeitura de São Paulo lamentou o caso e disse que o homem sofreu um acidente ao escorregar em um degrau da escada. "Assim que o acidente aconteceu, ele foi socorrido pelos colaboradores da Organização da Sociedade Civil responsável pelo serviço, que imediatamente acionaram o resgate", diz um trecho do comunicado.

Conforme a gestão municipal, Marcos Antônio da Silva registrava passagens em serviços da rede socioassistencial da prefeitura desde 2019 e estava acolhido no local desde janeiro deste ano.

A Folha de S.Paulo mostrou naquele mês as condições precárias em que se encontrava o albergue em questão. Entre os problemas revelados pela reportagem estava a falta de corrimão adequado, com algumas partes quebradas.

Após o acidente o local foi desativado pela gestão municipal.


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