SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um homem de 43 anos foi preso em Curitiba (PR), nesta quinta-feira (21), acusado de se passar por sexólogo para importunar sexualmente as vizinhas dele.

Ele ligava e interfona para as moradoras do condomínio para fazer perguntas de cunho sexual, que fariam parte de uma suposta pesquisa de um instituto de sexologia. "Tais como: número de relações sexuais que essas mulheres tinham por semana, tipo de relação que gostavam de ter, fetiche, se estariam dispostas a disponibilizar imagens dos pés", exemplifica a delegada Sâmia Coser.

O homem foi descoberto por algumas das próprias vítimas. A delegada conta que elas adicionaram o número no Whatsapp, e descobriram que ele era morador do mesmo condomínio delas. Além disso, encontraram outras duas condenações do suspeito referentes também a crimes sexuais.

"Ele chegou a ser preso por abordar médicas em consultórios e abordar e tocar em mulheres nas ruas", explicou Sâmia.

No momento, ele cumpria pena em regime aberto por crime sexual.

Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, onde foi encontrado um binóculo. "A gente acredita que ele fizesse uso do equipamento para ver as vizinhas e mulheres próximas".

Também foram apreendidos outros aparelhos, como tablet e celular, para verificar se o homem também fotografava e filmava as vítimas.

A Polícia Civil já identificou três vítimas. A investigação segue para localizar outras possíveis vítimas do criminoso.

DIFERENÇA ENTRE OS CRIMES

Assédio sexual. É preciso que ocorra no ambiente de trabalho e que haja diferença hierárquica entre agressor e vítima. Como, por exemplo, um chefe constrange uma funcionária a dormir com ele sob ameaça de ela perder o emprego.

Importunação sexual. Ato de praticar, contra vontade de uma pessoa, qualquer ato sexual, sensual ou erótico. Inclui, por exemplo, toques não consentidos, "encoxadas", masturbação, ejaculação, etc.

Estupro. Ocorre com violência ou grave ameaça. Nesta situação, o autor do crime força a vítima a ter consigo conjunção carnal ou qualquer outro ato de perversão sexual. Nesta situação há necessariamente o emprego de violência ou grave ameaça.


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