RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Uma mulher foi solta nesta quinta-feira (4) depois te ter sido presa em Copacabana, na zona sul do Rio, por um erro no novo sistema de videomonitoramento da Polícia Militar.
O programa apontou erroneamente que existia um mandado de prisão de 2012 contra ela por roubo e formação de quadrilha que ainda estava em aberto. Por isso, foi detida nesta terça (3) após ser identificada como foragida da Justiça pelas imagens de uma das câmeras de reconhecimento facial na orla da praia.
A mulher então foi levada para a 12ª DP (Copacabana). Lá, os policiais civis desconfiaram que os dados que constavam no sistema não estavam atualizados. Após contato com a Vara de Execuções Penais, os agentes verificaram que o mandado já tinha sido cumprido anteriormente. Constatado o erro, ela foi liberada e o registro de ocorrência será cancelado.
Em agosto de 2023, ela foi condenada a três anos de prisão em regime aberto, com penas privativas de liberdade substituídas por penas de restrição de direitos.
Em nota, a Polícia Militar confirmou que a mulher foi conduzida à 12ª DP após detecção do sistema, mas disse que as verificações são realizadas na delegacia.
A Polícia Civil informou que a consulta é realizada no BNMP (Banco Nacional de Monitoramento de Prisões), que pertence e é administrado pela Justiça. O Conselho Nacional de Justiça afirmou que cabe ao tribunal responsável pela emissão do mandado prestar as informações acerca dos documentos inseridos no banco.
O Tribunal de Justiça do Rio, por sua vez, afirmou que não há qualquer ordem de prisão pendente contra a mulher.
Essa foi a quarta prisão realizada pelas forças de segurança do Rio desde o começo do monitoramento das câmeras com a nova tecnologia de análise facial.
O sistema entrou em funcionamento na praia de Copacabana, no Arpoador e na Barra da Tijuca na noite do último domingo (31), durante os festejos de Réveillon.
Outras três pessoas foram presas com o auxílio das novas câmeras de monitoramento facial instaladas em Copacabana.
Um homem, que estava foragido da Justiça desde março de 2023, foi preso na noite de domingo (31), e outros dois foram localizados por policiais, nesta terça (2), todos na orla.
Segundo o governo do estado, o sistema de videomonitoramento da PM é usado para detectar pessoas que estão com pendências judiciais e custou cerca de R$ 18 milhões aos cofres públicos.
As câmeras captam rostos e placas de veículos, em seguida enviam as imagens para o carro-comando e para o Centro Integrado de Comando e Controle da corporação, na qual um software capaz de checar pendências é utilizado. A tecnologia confere o banco de mandados de prisão e apreensão, e também identifica se o veículo é roubado.
A expectativa do governo é instalar câmeras com a tecnologia em toda a orla da cidade, além de túneis e vias expressas. A previsão é que o sistema seja ampliado a partir deste mês e que esteja em operação no entorno do Sambódromo durante o Carnaval.
O governo fluminense usou a tecnologia por um período experimental em 2019, numa parceria sem custos com a iniciativa privada. Os resultados, porém, foram considerados insatisfatórios em razão das falhas nas identificações e mobilizações desnecessárias de policiais provocadas por alertas imprecisos.
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