PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - O Rio Grande do Sul enfrentou nesta terça (16) fortes temporais, que passam por diferentes regiões durante esta quarta-feira (17).

A tempestade deixou 1,3 milhão de clientes sem energia em todo o estado, de acordo com a RGE e a CEEE equatorial. O balanço de afetados foi divulgado no começo da madrugada, enquanto agentes das duas empresas já trabalhavam para reaver a energia nos locais atingidos.

O Inmet (Instituto Nacional de Meterologia) emitiu dois alertas vermelhos (grande perigo) e um laranja (perigo) para temporais aos gaúchos. Um deles, que abrange o sul do estado, vale até a meia-noite desta quarta.

Não há previsão de grandes acúmulos de água, mas o risco é de rajadas de vento e de chuvas intensas por curtos períodos de tempo.

Conforme a Climatempo Meteorologia, o vento chegou a 107 km/h na base aérea de Canoas. Na região do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, a velocidade registrada foi de 89 km/h.

O aeroporto deixou de realizar aterrissagens e decolagens em razão do mau-tempo.

Por volta das 22h, o temporal atingiu em cheio Porto Alegre, causando alagamentos, quebrando vidros de janelas, inundando imóveis, derrubando árvores e placas de trânsito, além de deixar ao menos 22 bairros sem luz, conforme a Rádio Gaúcha. Também há relatos de chuva de granizo.

De acordo com a Defesa Civil da capital, foram 36 alagamentos, 27 postes e 150 árvores que caíram.

Comerciantes e moradores fizeram registros de cenas de terror, relacionadas aos fortes ventos durante o temporal.

A falta de luz ainda atingiu casas de bombas de drenagem e estações de abastecimento, piorando alagamentos e causando falta de água em diferentes regiões.

A CEEE-Equatorial, concessionária que atende a capital gaúcha, ainda não havia divulgado informações sobre número de imóveis afetados até as 22h45.

Próximo à Arena do Grêmio, os carros pararam de transitar e ficaram ilhados.

Perto dali, na rodovia BR-290, a Freeway, que liga Porto Alegre ao litoral norte, a estrutura de uma passarela caiu sobre a pista e interrompeu o trânsito.

A avenida Ipiranga, uma das principais da cidade e que fica em volta do córrego Arroio Dilúvio, tinha alagamentos e diversas árvores caídas.

A EPTC, empresa que gerencia o trânsito da capital, emitiu alerta para o risco de fios energizados e aconselhou as pessoas a evitarem sair de casa.

Por volta das 23h, a chuva começou a diminuir de intensidade na capital, mas migrou para as regiões metropolitana, nordeste/serra e litoral norte.

No interior gaúcho, há relatos de danos sobretudo na região central, onde fica Santa Maria. No município de São Vicente do Sul, o Hospital São Vicente Ferrer foi destelhado e teve pacientes transferidos.

Cidades da fronteira oeste e da Campanha, como Uruguaiana, São Gabriel e Dom Pedrito, registraram desabamentos em estradas e destelhamento de residências.

Conforme o Comando Rodoviário da Brigada Militar, quatro rodovias estaduais tiveram bloqueio total e cinco parciais. A Polícia Rodoviária Federal, às 23h30, ainda não havia divulgado balanço em razão da prioridade ao atendimento de ocorrências.


Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!