SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou neste sábado (27) a quarta morte por dengue no estado. Desde o dia primeiro de janeiro, foram registradas mais de 10.728 infecções pela doença.
De acordo com a pasta, todas as mortes foram registradas no interior. Os óbitos ocorreram em Bebedouro, Jacareí e Pindamonhangaba.
O número de casos em janeiro deste ano já é o dobro do registrado no mesmo período de 2023, quando 3.299 infecções foram identificadas. Durante todo o ano passado, foram confirmados 320.541 casos e 287 óbitos no estado.
Oito estados e o Distrito Federal iniciaram 2024 com expressivo aumento nos casos de dengue, de 100% ou mais em comparação ao mesmo período do ano passado, mostra análise da Folha de S.Paulo com dados do Ministério da Saúde.
Os números são mais alarmantes no Sul do país, onde foram contabilizados 10.961 diagnósticos nas duas primeiras semanas deste ano, somando os registros no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O salto é de 958% em relação ao mesmo período de 2023, quando haviam sido infectadas 1.036 pessoas na região.
Autoridades preveem um patamar recorde de casos em 2024, possivelmente muito superior à máxima histórica. As estimativas divulgadas em dezembro pelo Ministério da Saúde em parceria com o grupo InfoDengue, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), são de entre 1,7 milhão e 5 milhões de diagnósticos, com projeção média de 3 milhões.
O Ministério da Saúde recebeu 750 mil doses da vacina contra a doença para oferecer pelo SUS no sábado (20). Serão priorizadas regiões com alta transmissão e a faixa etária com maior número de hospitalizações, entre 10 e 14 anos.
O primeiro lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas, sem custos ao governo brasileiro, pela farmacêutica Takeda. O Ministério da Saúde acrescenta que adquiriu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante, chamado Qdenga, disponíveis pelo fabricante para este ano, que serão entregues por etapas até o mês de novembro.
De acordo com os critérios de vacinação estabelecidos pela pasta em conjunto com estados e municípios, as vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte --população igual ou superior a 100 mil habitantes-- e com alta transmissão da doença nos últimos dez anos.
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