SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um segundo suspeito de envolvimento na morte da família encontrada morta em canavial em SP foi preso neste domingo (28).

O suspeito de 39 anos foi preso temporariamente. Ele foi encontrado em Pedranópolis (SP) durante a noite e não teve sua identidade revelada pela SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).

Ele é investigado por triplo homicídio. Outro homem de 23 anos foi preso no dia 18 de janeiro por participação no crime. A delegacia de Votuporanga, onde o assassinato ocorreu, segue investigando o caso. Ainda não se sabe se mais pessoas estiveram envolvidas.

ENTENDA O CASO

O mecânico Anderson Givago Marinho, 35, a esposa Mirele Regina Beraldo Tofalete, 32, e a filha do casal, Isabelly Tofalete Marinho, 15, desapareceram no dia 28 de dezembro do ano passado.

Trio ficou incomunicável logo após deixar Olímpia. Anderson, a esposa e a filha do casal saíram às 13h de Olímpia com destino a São José do Rio Preto para almoçar e comemorar o aniversário de Mirele. O trajeto de 50 km dura pouco mais de 40 minutos. O casal parou de responder e visualizar as mensagens de amigos e familiares às 14h. A polícia acredita que eles não chegaram a passar por São José do Rio Preto.

Pai, mãe e filha foram encontrados mortos após quatro dias. Votuporanga, onde os corpos foram encontrados, fica a 80 km de São José do Rio Preto. O carro passou por radar em Mirassol, a 15 km de Rio Preto, cidade que não fazia parte do trajeto que a família percorreria. O automóvel, que estava no meio de um canavial que dá acesso ao bairro Cruzeiro, foi encontrado por um ciclista. Ele acionou a Polícia Militar.

A família foi morta com tiros de pistola 9 milímetros. Havia marcas de disparos na porta, para-brisa e vidro do carro deles. As informações constam no Boletim de Ocorrência. O corpo de Anderson foi achado a cerca de 15 m do veículo, que estava em uma estrada de terra que dá acesso ao bairro Cruzeiro.O corpo de Mirele estava no banco do passageiro e o da filha no banco de trás do automóvel. A mulher usava o cinto de segurança quando foi morta.

Às 14h10 de quinta-feira (28), data em que a família desapareceu, Isabelly tentou ligar para o 190, mas a chamada não completou. Os celulares das vítimas ainda não foram localizados pela polícia. Para a polícia, Mirele e a adolescente foram mortas por serem testemunhas do crime.

O pai tinha mochila com drogas, diz a Polícia Civil de Olímpia, que já ouviu algumas testemunhas. O mecânico teria ido até o canavial para entregar uma mochila com maconha para o suspeito. Ele teria sido atraído até o local, afastado da cidade, em uma emboscada.

Em 2015, Anderson foi condenado a dois anos de prisão por tráfico de drogas. Ele cumpriu pena em regime aberto. A polícia acredita que o mecânico ainda tinha envolvimento com o crime.


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