SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Duas mulheres ucranianas foram presas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao tentar sair do Brasil com ovos de arara-azul-de-lear, ave encontrada no Nordeste brasileiro e que estão na lista de espécies ameaçadas de extinção no país.
A suspeita é que os ovos tenham sido retirados de uma área de proteção ambiental na Bahia.
A prisão ocorreu na tarde de sexta-feira (2) e, segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), as ucranianas já estavam sendo monitoradas pelo órgão e pela Polícia Federal.
Elas foram abordadas no km 409 da BR 116, em Governador Valadares (MG), durante ação conjunta da PRF, Polícia Federal e Ibama.
O carro em que elas estavam seguia de Salvador (BA) para São Paulo. A investigação envolveu equipes de inteligência da PRF de Paulo Afonso (BA) e da Delegacia da PRF em Governador Valadares.
Os policiais encontraram uma estufa dentro de uma bolsa, com seis ovos intactos. Segundo a PRF, as mulheres admitiram que carregavam ovos de aves silvestres nativas do Brasil e que os levariam ilegalmente para o Suriname, onde seriam vendidos.
Também segundo a polícia, uma das mulheres quebrou cinco ovos durante o deslocamento para a Polícia Judiciária Federal, onde foi registrado o flagrante. Apenas um ovo continuou intacto.
Em julho do ano passado, 29 araras-azuis-de-lear e sete micos-leões-dourados foram apreendidos no Suriname, o que provocou uma ação integrada dos ministérios do Meio Ambiente, Justiça e Segurança Pública e Relações Exteriores para a repatriação dos animais nativos da fauna brasileira.
No entanto, parte das aves apreendidas foi roubada antes da repatriação. Cinco araras e os sete micos-leões foram trazidos de volta ao Brasil, após resgate realizado por uma equipe formada por veterinários e policiais federais.
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