SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um helicóptero e drones da Polícia Federal ajudarão nas buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal em Mossoró (RN).

A aeronave com os equipamentos partiu de Brasília na manhã desta quinta-feira (15) para o Rio Grande do Norte.

O envio ocorreu horas após o interventor Carlos Luis Vieira Pires ser nomeado para administrar o presídio. O interventor é policial penal federal e já está no Rio Grande do Norte.

Direção afastada. O interventor assumirá por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que anunciou o afastamento da direção da penitenciária na noite desta quarta-feira (14).

Alerta à Interpol. A PF também foi orientada a colocar os nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e a incluí-los no Sistema de Proteção de Fronteiras.

As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco) também foram acionadas para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos. O grupo congrega as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada.

Fuga foi constatada na manhã desta quarta-feira (14) por agentes federais. A ocorrência foi confirmada pelo governo do Rio Grande do Norte. Os detentos fugiram após pular um alambrado na unidade prisional, segundo agentes que analisaram imagens do local.

Presos estiveram em rebelião em presídio em 2023 e pertencem ao Comando Vermelho. Deibson Cabral Nascimento, 33, e Rogério da Silva Mendonça, 35, que integram a principal facção criminosa do Rio de Janeiro, foram transferidos para a unidade federal após terem participado de uma rebelião no presídio Antônio Amaro Alves, no Acre, em julho do ano passado, segundo fontes ouvidas pelo UOL.

Fugitivos são "matadores do CV". Fontes ouvidas pela reportagem indicam que os fugitivos não integram o alto escalão da facção e que são conhecidos por serem encarregados por assassinatos de pessoas no "tribunal do crime" do Comando Vermelho do Acre. O UOL não localizou os advogados deles.

Deibson cumpria pena de 33 anos por assalto a mão armada. Conhecido como Tatu, ele também responde a processos por tráfico de drogas.

Rogério tem suástica tatuada na mão e condenação de cinco anos por tráfico. O interno conhecido como Martelo também responde a processos por homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.

Agentes fazem buscas para localizá-los. Policiais federais deram início a uma operação para localizar o paradeiro dos fugitivos.


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