SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O estado de São Paulo registra, até este sábado (2), 128.437 casos de dengue, de acordo com dados atualizados pelo painel de monitoramento da SES (Secretaria de Estado da Saúde). Desses, 167 são considerados graves --quando o paciente apresenta deficiência respiratória, sangramento intenso ou comprometimento grave de órgãos.
Já os casos com sinal de alarme -quando a febre cessa, mas o paciente continua a apresentar dor abdominal, vômito ou sangramento de mucosas-- somam 1.769.
O número mortes se mantém em 27 desde a última sexta (1º). Já a quantidade de mortes em investigação caiu de 132 para 130.
Os óbitos ocorreram nos municípios de Bariri (2), Bauru (1), Bebedouro (1), Campinas (1), São Paulo (2), Franca (1), Marília (3), Mauá (1), Guarulhos (1), Pederneiras (2), Restinga (1), Ribeirão Preto (2), Suzano (1), São José dos Campos (1), Parisi (1), Pindamonhangaba (2), Taubaté (2), Tremembé (1) e Votuporanga (1).
Apesar da velocidade no aumento de casos e mortes por dengue no estado, a gestão Tarcísio de Freitas não tomou a decisão de decretar situação de emergência em saúde pública, medida tomada por ao menos 11 cidades paulistas -- Registro, Iepê, Marília, Botucatu, Jacareí, Pindamonhangaba, Pederneiras, Bariri, Guararema, Suzano e Taubaté.
Para especialistas, o estado já reúne condições para a situação de emergência, como o número de casos novos e a superlotação nos serviços públicos de saúde.
A gestão realizou na sexta, o Dia D de combate à dengue, que contou com ações em escolas, e trabalho de varredura de criadouros em residências com o apoio do Defesa Civil e do Exército.
Na ocasião, a secretária estadual de saúde em exercício de São Paulo, Priscilla Perdicaris, afirmou que o atual cenário epidemiológico da dengue no estado ainda não justifica um decreto de situação de emergência.
Já o Brasil registra, neste sábado (2), 1.038.475 casos prováveis de dengue e 258 mortes confirmadas pela doença em 2024, segundo o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Outras 651 mortes são investigadas.
Com taxa de incidência de 511 casos por 100 mil habitantes, a situação do país já é considerada epidêmica segundo critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde) --acima de 300 casos a cada 100 mil habitantes.
Neste sábado, o Ministério organizou um dia de mobilização nacional para reforçar as ações de combate ao vetor do mosquito da dengue. Em solenidade no município de Serra, no Espírito Santo, a ministra Nísia Trindade afirmou que o trabalho de combate à dengue deve ser uma ação conjunta entre os entes da federação. "O SUS só existe com estados e municípios atuando conjuntamente", disse.
De acordo com a pasta, 75% dos focos de Aedes aegypti estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos e outros).
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