SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem morreu durante uma suposta troca de tiros com policiais militares na tarde deste sábado (9) em Santos, no litoral paulista. Com esse caso, chega a 40 o total de pessoas mortas por equipes da PM na Baixada Santista desde o dia 3 de fevereiro.
A Operação Verão teve início após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, no dia 2 daquele mês. O policial foi assassinado durante patrulhamento em uma favela de palafitas na periferia de Santos.
Segundo a SSP, o caso deste sábado (9) ocorreu no morro José Menino. Policiais militares realizavam uma ação no local e disseram que foram recebidos a tiros. Um PM foi atingido por dois tiros em um dos braços e precisou ser levado para a Santa Casa da cidade. Ele foi medicado e não corre risco de morrer.
Em desdobramento da ação, outras equipes foram em apoio aos policiais para tentar identificar os autores do disparo. Durante as buscas um homem foi baleado e morreu no local.
A pasta diz que houve a apreensão de um revólver calibre 38 e de dois celulares. Também afirmou que investigações estão em andamento para apurar todas as circunstâncias do caso.
De acordo com a SSP, 881 suspeitos foram presos durante a Operação Verão, 337 deles procurados pela Justiça.
"Foram retiradas das ruas 617 quilos de drogas, além da apreensão de 90 armas ilegais, como fuzis de uso restrito das forças armadas. Nas ações policiais, 40 suspeitos morreram em confronto com os agentes de segurança, entre eles, o líder de uma facção criminosa envolvida com o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e atentado contra agentes públicos."
A gestão Tarcísio de Freitas declarou que todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário.
Diante da violência que atinge a região, organizações de direitos humanos denunciaram na ONU as ações da PM no litoral. Na última sexta (8), o governador chegou a dizer não estar nem aí para as possíveis denúncias de violações que foram apresentadas para o colegiado internacional.
Após o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, dizer não reconhecer excessos por parte da PM, a Ouvidoria da Polícia disse ter encaminhado para gestão Tarcísio 27 queixas de abusos durante a operação entre janeiro e fevereiro.
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