SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ministro Ricardo Lewandowski, da pasta da Justiça e Segurança Pública, irá viajar nesta quarta-feira (13) para Mossoró (RN) para acompanhar as buscas pelos dois fugitivos de uma prisão federal.
Ministro vai se reunir com integrantes da força-tarefa formada para capturar fugitivos. Integram o grupo agentes da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, Secretaria de Segurança Pública do RN -com a Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Ainda há o reforço da Força Nacional, além de policiais dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Goiás.
Ainda não há previsão de pronunciamento público do ministro após a reunião. Lewandowski retornará para Brasília ainda amanhã.
As buscas aos dois presos que fugiram da Penitenciária Federal em Mossoró completam um mês na quinta-feira (14). Para membros das forças de segurança pública encarregadas de recapturar Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, os dois permanecem na região próxima ao presídio, entre as cidades de Mossoró e Baraúna, distantes cerca de 35 quilômetros uma da outra.
Fugitivos invadiram uma propriedade na zona rural de Baraúna e agrediram um agricultor que estava sozinho no local. Em depoimento, o homem, cujo nome não foi divulgado por razões de segurança, contou aos investigadores que Nascimento e Mendonça chegaram à propriedade no dia 3 de março, e queriam saber se ele tinha comida, telefone e armas. Eles deixaram o galpão levando alguns mantimentos.
Desde o início das buscas, seis pessoas já foram presas. As prisões foram realizadas em diversos endereços de cidades do Rio Grande do Norte e do Ceará. Os suspeitos, segundo a Polícia Federal, ajudaram Deibson e Rogério a fugirem.
QUEM SÃO OS FUGITIVOS
Deibson Cabral Nascimento cumpria pena de 33 anos por assalto à mão armada. Conhecido como Tatu, ele também responde a processos por tráfico de drogas.
Rogério da Silva Mendonça tem suástica tatuada na mão e condenação de cinco anos por tráfico. O interno conhecido como Martelo também responde a processos por homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.
"Matadores do CV". Fontes ouvidas pela reportagem indicam que os fugitivos não integram o alto escalão da facção e que são conhecidos por serem encarregados por assassinatos de pessoas no "tribunal do crime" do Comando Vermelho do Acre. A reportagem não localizou os advogados deles.
A FUGA
Agentes federais deram conta da fuga na manhã do dia 14 de fevereiro. A Polícia Militar do RN disse ter sido acionada às 8h para participar das buscas. A Secretaria de Segurança Pública do RN intensificou as ações nas estradas na divisa com Paraíba e Ceará e também faz voos para auxiliar nas buscas. Desde então, as secretarias de Paraíba e Ceará também têm ajudado nas buscas.
Os fugitivos teriam utilizado uma barra de ferro da própria estrutura da cela para escavar buraco da luminária. Ao entrar pelo buraco, os fugitivos conseguiram acessar um espaço ao lado das celas destinado à manutenção do presídio. Dali conseguiram alcançar o teto, que não tinha um sistema de proteção, segundo informou a Folha de S.Paulo. A reportagem ainda cita que o presídio passava por reformas.
Fugitivos tinham planos de chegar ao Rio de Janeiro. Secretários de segurança pública estão em contato após indícios de que os detentos poderiam chegar ao Rio de Janeiro, estado onde estão as principais lideranças do Comando Vermelho.
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