SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPERSS) - María Corina Machado, principal opositora de Nicolás Maduro na Venezuela, cobrou uma postura "firme" do presidente Lula (PT), para que ele não dê "aval" às investidas "autocratas" do líder venezuelano.

Cobrança por postura. Corina disse que proximidade entre Lula e Maduro pode ajudar "para o processo democrático" da Venezuela, caso o brasileiro mantenha "postura firme a favor das liberdades individuais e pare de dar aval um autocrata". As declarações foram em entrevista à revista Veja, publicada hoje.

Lula como liderança. Para a opositora, Lula exerce papel de líder na disputa eleitoral prevista para 28 de julho, porque o petista "sabe muito bem" qual é a realidade dos venezuelanos. "E não digo isso apenas por ele ser referência na política da América Latina, mas também porque o Brasil tem responsabilidade sobre a estabilidade na região. Um tremor na Venezuela transborda as fronteiras".

Críticas contundentes a Maduro. Corina também se referiu ao governo de Maduro como o "regime mais corrupto e violador dos direitos humanos da história" da Venezuela. "As pessoas sentem na pele. Há destruição econômica, institucional e social. Salários não passam de 1 dólar por mês, e as crianças têm sorte quando conseguem ir à escola mais de duas vezes na semana".

Embora seja a principal opositora de Maduro na disputa presidencial deste ano, María Corina não está confirmada no pleito. Os candidatos que quiserem disputar a eleição têm até o fim de março para registraram suas candidaturas, mas o nome da opositora segue vetado, após ela ser considerada inelegível por suposta ocultação de bens.

Se eu for mesmo banida da disputa, estará explícito que essas eleições não serão livres. O próprio Parlamento europeu, em coro com outros observadores internacionais, enfatizou isso.

María Corina Machado


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