SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando a Prefeitura de São Paulo determinou o fechamento de centros esportivos e outros equipamentos públicos em 16 de março de 2020, a disseminação do coronavírus não tinha sequer a classificação de pandemia.
Embora a maioria desses locais tenha sido reaberta após as fases de maior restrição da emergência sanitária, algumas atrações, como piscinas públicas, continuam fechados e frustram a população dos bairros atendidos, especialmente em dias de calor, como tem ocorrido neste mês.
É o caso do centro esportivo da Mooca, localizado dentro do parque homônimo na zona leste de São Paulo. O espaço foi reaberto em agosto de 2021, mas a piscina, fechada desde 2020, começou a ser reformada em 2022.
A previsão da gestão Ricardo Nunes (MDB) é que a reinauguração aconteça ainda neste ano. A prefeitura diz que já entregou as piscinas nos centros esportivos Vila Guarani (zona sul), Vila Curuçá (zona leste) e Vila Santa Catarina (zona sul).
As outras seis unidades com reinauguração prevista ficam nos centros esportivos da Vila Maria (zona norte), Vila Manchester (zona leste), Lapa (zona oeste), Barra Funda (zona oeste) e Vila Carioca (zona sul) e Santo Amaro (zona sul).
Os prazos variam, com estimativas de entrega para junho, para o segundo semestre e para dezembro. No caso da piscina de Santo Amaro, as obras ainda não começaram.
Quando encontram os portões fechados, as crianças levadas pelos pais reclamam e cobram solução. "A primeira coisa que falam quando chegam ao parque é 'quero ir à piscina'", afirma Luany Galdo, 33, mãe de uma menina de nove anos e de um menino de seis. "Eles veem as informações na placa de quando vai reabrir e cobram, gravam a informação."
"Fecharam na pandemia, falaram que ia reabrir, mas veio reforma, que não tem mais fim. Jogaram para setembro do ano passado, depois para novembro, mas nada até agora", diz ela, moradora da Mooca.
Nesta sexta-feira (15), sob um alerta de calor que segue até este sábado (16), mais visitantes --muitos deles mães com crianças-- também buscavam informações sobre a piscina no local.
Imagens captadas nesta sexta mostram que a piscina aparenta estar reformada, mas está em fase de testes, segundo a prefeitura. Uma parte está com água parada e cor esverdeada.
Irene Polarico, 40, lamenta que a piscina do local esteja fechada, porque dois de seus filhos, que têm autismo, fazem terapia no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) do parque da Mooca e gostam de ter contato com água.
"Tem que abrir. Um deles, quando fica irritado, entra no chuveiro e fica bem, porque ele gosta de água. Gostaria de levá-los por isso, eles gostam muito de piscina."
A cerca de 16 km dali, no Centro Educacional e Esportivo Edson Arantes do Nascimento, na Lapa, zona oeste da cidade, o cenário é o mesmo, embora a piscina não pareça ter água parada por muito tempo.
Também na zona oeste, o tradicional Complexo Esportivo Baby Barioni segue com as raias fechadas ao público. Segundo a pasta de esportes do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), as piscinas estão abertas à comunidade esportiva por meio de cadastro com a diretoria local, mas não estão disponíveis para uso recreativo.
Outra piscina tradicional é a olímpica do Pacaembu, parte do complexo esportivo que recebeu, em 1963, atividades dos jogos Pan-Americanos. De acordo com a Allegra, concessionária responsável pela operação do espaço, a piscina deve ser reaberta no fim de junho.
O uso do equipamento será livre e gratuito, desde que a pessoa apresente um exame médico.
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