Em meio às investigações de grupos neonazistas no Brasil, o Ministério da Justiça pediu uma série de informações a diferentes plataformas. O Telegram chegou a entregar uma parte dos dados solicitados, mas se recusou a entregar o total. A determinação do ministério aconteceu depois disso.
Nesta quarta-feira (26), a Justiça brasileira determinou que operadoras de telefonia e lojas de aplicativos retirem o Telegram do ar imediatamente após o mensageiro não entregar todos os dados solicitados pela pasta.


Segundo a PF, as empresas de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi e o Google a Apple, responsável pelas lojas de aplicativos Playstore e App Store vão receber o ofício sobre a suspensão do Telegram ainda na tarde desta quarta-feira (26), relata o G1.


A plataforma chegou a entregar à Polícia Federal uma parte das informações solicitadas, mas a corporação quer contatos e dados dos integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista, e o Telegram não forneceu os números de telefone.

Além da suspensão, a Justiça ampliou a multa aplicada ao Telegram de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.


Ainda segundo a PF, o pedido de acesso aos dados do grupo foi feito depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, em novembro do ano passado que deixou quatro mortos, descobriu a interação do assassino, de 16 anos, com grupos com conteúdo antissemitas pelo Telegram.
Portanto, a polícia pediu que a plataforma entregasse os dados de administradores e integrantes do grupo para apurar as conexões e se houve influência no crime em Aracruz.


O envolvimento de grupos extremistas em casos de violência em escolas vem sendo investigado pelo Ministério da Justiça. A apuração começou depois do caso de Aracruz e foi impulsionada com o ataque à creche em Blumenau que deixou quatro crianças mortas.

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Justiça | Telegram

Marcello Casal JrAgência Brasil - Aplicativo de mensagens Telegram

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