Quinta-feira, 7 de novembro de 2013, atualizada às 18h20

Idade mínima para exame de próstata aumenta para 50 anos

Exame de próstata

No mês do Novembro Azul, mês em que são realizadas campanhas sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) vai aumentar de 45 para 50 anos a idade mínima recomendada para que um homem procure um médico para fazer os exames rotineiros.

A nova orientação será anunciada no 34.º Congresso Brasileiro de Urologia, que começa no dia 16 deste mês, durante o lançamento de um livro que vai nortear a prática no Brasil. No caso de homens de pele negra, obesos ou que tenham histórico familiar a recomendação também muda: a idade mínima para o monitoramento passa de 40 para 45 anos.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, não recomenda uma idade mínima para que o homem faça exames de rotina e sustenta que a procura do médico só aconteça quando os sintomas aparecerem.

Segundo Aguinaldo Nardi, presidente da SBU, 25 especialistas se reuniram para discutir os estudos existentes no mundo todo e as atualizações sobre essa prática. Ele diz que o "rastreamento oportunista" (quando o homem procura voluntariamente o médico para fazer exames a partir de uma certa idade) precisa existir como forma de prevenir a doença.

Segundo o professor Carlos D'Ancona, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o excesso de diagnóstico leva a tratamentos desnecessários, que podem causar efeitos colaterais, como disfunção erétil e incontinência urinária. Por outro lado, Aguinaldo Nardi, presidente da SBU, afirma que não existe um marcador de risco que aponte com segurança se o câncer diagnosticado no paciente será ou não agressivo. Para isso, foram estabelecidos critérios para definir qual seria o câncer indolente: se a biópsia apontar no máximo dois fragmentos alterados que estejam menos de 50% comprometidos e o resultado do PSA for menor do que 10, a suspeita é de que será um câncer indolente. Nesses casos, a indicação será monitorar o PSA a cada três meses e refazer a biópsia a cada dois anos.

Com informações do Estadão

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