Museu Itinerante do Futebol chega a Juiz de Fora nesta segunda

Entre as peças que serão expostas, destaque para as réplicas das taças Fifa e Julis Remet. O acervo é de Nilson Moraes, natural de Ubá, e já completa cem anos

Nathália Carvalho
Repórter
8/12/2012
Museu do Futebol

Réplicas das taças Fifa e Jules Rimet (foto ao lado), hall da fama com campeões mundiais, camisas da Seleção Brasileira, revistas, vídeos, jornais... De Charles Miller a Neymar, o Museu Itinerante do Futebol reúne, há décadas, um dos maiores acervos da memória do esporte no Brasil, e chega a Juiz de Fora, pela primeira vez, na próxima segunda-feira, 10 de dezembro. O material poderá ser conferido no Independência Shopping, loja 185, L1, onde ficará aberto à visitação até o dia 31 de janeiro de 2013. A entrada será realizada com cobrança de ingresso.

Inaugurado no cinquentenário do estádio do Maracanã, há mais de 12 anos, o museu participou de vários eventos, como o Brazil World Tour, Avaya Evolution Forum e o Soccerex 2011, maior feira de futebol do mundo. "É a primeira vez que vamos para Juiz de Fora e acredito que haverá um grande público regional interessado em conhecer as curiosidades da história do futebol brasileiro", garante o proprietário do Museu, o ubaense Nilson Moraes. Segundo ele, o local será bastante interativo, onde os visitantes terão uma ótima noção de aspectos diferenciados do esporte, "fazendo uma leitura do futebol sob outra ótica".

Acervo

Museu do FutebolEntre os recortes históricos que serão apresentados, Moraes destaca o painel da vida do primeiro jogador brasileiro a vestir a camisa amarela no Brasil, o mineiro Carlyle. "Temos desenhos originais da camisa e fotos inéditas da primeira vez que a seleção jogou com a amarela e da transição para a branca", explica. Além disso, o Museu conta com camisas de todas as Copas do Mundo, gravação em rádio dos títulos mundiais de 58, 62, 70, 94 e 2002, painéis de Pelé, Maradona, Djalma Santos, João Havelange, e muitos outros.

Umas das peças mais cobiçadas no acervo são as duas réplicas das FIFA e Jules Rimet. "Fiz uma exposição em Belo Horizonte em 2004 no Mineirão, que impressionou o presidente da Fifa, Joseph Blatter, porque possuía a certidão de nascimento da Copa do Mundo e da própria CBR [atual Confederação Brasileira de Futebol]. Meses depois, fui agraciado com as duas peças que são idênticas às originais e fundidas na Alemanha", relembra. No total, são mais de 20 mil revistas, cinco mil fotos da seleção e todos os jornais famosos desde a década de 30. "Reuni tudo o que foi publicado sobre o futebol brasileiro nesses anos todos."

Paixão por colecionar

De acordo com Moraes, a paixão por colecionar começou por influência do avô, aos dez anos de idade, e gerou um acervo de quase 100 anos. "Parte desse material é dele, desde quando ele começou a colecionar tudo o que saía referente ao futebol, com foco na busca por materiais inéditos. Ele era um homem à frente do seu tempo, porque naquela época o futebol era um esporte muito marginalizado. Mas ele sempre dizia que isso teria valor um dia, e a paixão do brasileiro nunca parou de crescer", conta.

Os textos são revisados por Juliana França

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