Sexta-feira, 12 de junho de 2020, atualizada às 18h38

Caixa não confirma calendário de saque de FGTS emergencial, previsto para dia 15

Da redação

Mesmo com previsão de saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a próxima segunda-feira, 15 de junho, a Caixa Econômica Federal não confirmou se o benefício poderá ser retirado. A medida provisória publicada em abril autorizou a liberação do valor de até um salário mínimo (R$ 1.045) para trabalhadores com conta ativas ou inativas no FGTS, por causa da crise causada pela pandemia do coronavírus. No entanto, os saques só poderão começar quando a Caixa divulgar as regras e o calendário de pagamento, o que não ocorreu, até o momento.

A assessoria de comunicação da Caixa informou nesta sexta-feira, 12, "que os procedimentos para pagamento do saque emergencial do FGTS serão divulgados em breve".  

A medida beneficiará até 60,2 milhões de trabalhadores. No início do mês, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que os trabalhadores devem retirar até R$ 36,2 bilhões nos próximos meses, dinheiro que ajudará a economia em meio à pandemia de coronavírus.

De acordo com Sachsida, 30,7 milhões de trabalhadores poderão sacar todo o saldo da conta do FGTS. Isso elevará para 66 milhões o número de trabalhadores brasileiros que irão zerar as contas do fundo desde setembro do ano passado, quando o governo instituiu o saque-imediato do FGTS. “Estamos devolvendo o dinheiro do trabalhador ao trabalhador”, disse.

O novo saque beneficiará os trabalhadores de menor renda. Segundo o Ministério da Economia, R$ 16 bilhões serão liberados para 45,5 milhões de trabalhadores com até cinco salários mínimos de saldo no FGTS. O dinheiro estará disponível de 15 de junho a 31 de dezembro e voltará para a conta do fundo, caso o trabalhador não faça a retirada.

Diferentemente do saque-imediato, que previa até R$ 998 por conta ativa ou inativa, o novo saque será limitado a R$ 1.045 por trabalhador, independentemente do número de contas que ele tenha. Quem não fez o saque-imediato até 31 de março deste ano, perdeu o prazo. O dinheiro voltou para o FGTS, e o trabalhador não poderá acumular o direito antigo com o valor do novo saque.