BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), demitiu 23 servidores do gabinete de seu vice-governador, Paulo Brant (PSDB), que concorrerá ao mesmo cargo nas eleições de 2022, mas em chapa rival.
As demissões foram publicadas no Diário Oficial do estado nesta quinta (12). Brant já foi filiado ao PSDB, entre 2007 e 2015, mas migrou para o Novo e foi eleito vice de Zema em 2018. No ano passado, voltou ao PSDB.
O vice de Zema concorrerá em chapa encabeçada pelo ex-deputado federal Marcus Pestana (PSDB). As demissões ocorreram um dia depois de a dupla tucana ter pedido registro de candidatura no TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais).
Brant afirmou, em nota, que todos os seus servidores foram exonerados e classificou a decisão como um ato "mesquinho e truculento".
"Fui surpreendido na manhã de hoje (ontem) com a decisão do governador Romeu Zema de desmobilizar a vice-governadoria do estado, com a exoneração de todos os seus servidores".
O governo não confirmou se todo o gabinete foi exonerado. Também por nota, a assessoria de Zema afirmou que as demissões foram comunicadas previamente ao vice, e que a formação da equipe de trabalho na governadoria é uma atribuição exclusiva da chefia do Poder Executivo.
O texto diz ainda que o governo continuará "seguindo os princípios da gestão de selecionar profissionais qualificados e plenamente alinhados com a reestruturação e o desenvolvimento de Minas Gerais".
COLADOS
Outro rival de Zema na eleição de 2022, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), faz comício ao lado do candidato do PT ao governo federal, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta (18) em Belo Horizonte.
A última pesquisa Datafolha, divulgada em 1º de julho, mostra Zema com 48% das intenções de voto. Kalil aparece em segundo com 21%.
Já Lula, no recorte da pesquisa que abrange apenas Minas Gerais, está à frente de seu rival, o presidente Jair Bolsonaro (PL), na briga pelo Palácio do Planalto, com 48%, ante 28% do adversário.
No plano nacional, o petista vence por 47% a 29%, segundo levantamento do Datafolha de 28 de julho.
Diante de todos esses resultados, a campanha de Kalil tem como estratégia colar a imagem de Kalil à de Lula, o que já tem sido feito em viagens do candidato ao interior, com menções constantes do candidato do PSD a Lula em seus discursos.
Depois de ver fracassada tentativa de se aproximar do governador Zema, Bolsonaro anunciou na semana passada apoio à candidatura do senador Carlos Viana (PL) ao governo de Minas.
O presidente já fez a primeira aparição ao lado do candidato em Minas Gerais, no domingo (7), quando Bolsonaro esteve na capital do estado para participar de culto em igreja evangélica.
Viana enfrenta rejeição por parte da bancada de deputados do partido no estado, que prefere apoiar a reeleição de Zema. Assim como Kalil quer ter seu nome associado a Lula, Viana quer o mesmo em relação ao padrinho que conseguiu.
Nesta sexta (12), publicou em suas redes sociais vídeo sobre a operação militar que as Forças Armadas realizam anualmente em Formosa (GO). Em 2022 os exercícios ocorreram na quarta (10).
Capitão reformado do Exército, Bolsonaro tem por hábito fazer uso político das Forças Armadas. Um dos últimos atos do presidente neste sentido foi tentar levar um desfile militar em comemoração ao 7 de setembro para Copacabana, no Rio de Janeiro, onde tradicionalmente ocorrem manifestações pró-governo.
Na capital fluminense, a parada do dia 7 é realizada na Avenida Presidente Vargas. Bolsonaro, porém, desistiu da ideia.
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