SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A avaliação positiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) está numericamente em seu índice mais alto desde março de 2021, de acordo com pesquisa Datafolha.

Consideram o governo ótimo ou bom 30% dos entrevistados, ante 43% que o avaliam como ruim ou péssimo. Na pesquisa anterior, em julho, o placar estava em 28% a 45%.

O índice de avaliação regular é agora de 26%, mesma taxa do levantamento anterior.

O Datafolha ouviu 5.744 entrevistados, de terça (16) a quinta-feira (18). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O número de registro na Justiça Eleitoral do levantamento, contratado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, é BR-09404/2022.

A série de pesquisas do Datafolha mostra um gradual aumento da aprovação do presidente ao longo dos meses: em maio deste ano, a taxa de ótimo ou bom era de 25%.

Na corrida eleitoral, o presidente está 15 pontos percentuais atrás do líder, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O pior momento da avaliação do mandatário foi nos últimos meses de 2021, quando 53% dos entrevistados disseram que a gestão dele era ruim ou péssima. Na época, seu governo era alvejado com a CPI da Covid e o fim do auxílio emergencial pago durante a pandemia.

A atual oscilação ocorre em um momento no qual os governistas apostam em um efeito sobre os índices de popularidade devido ao pagamento de novos benefícios sociais aprovados no Legislativo.

O Congresso votou em julho um pacote de gastos sociais às portas da eleição, que contou inclusive com apoio da oposição. As medidas são consideradas fundamentais para dar fôlego à candidatura do presidente, que sempre esteve em desvantagem para o PT nas pesquisas.

Foi preciso inclusive mudar a Constituição para autorizar despesas acima do teto no período da campanha. Pelo pacote, taxistas e caminhoneiros recebem um vale mensal de R$ 1.000. Além disso, o valor do Auxílio Brasil subiu de R$ 400 para R$ 600 até o fim do ano.

Outra novidade dos últimos meses foi a redução do preço dos combustíveis em decorrência de mudança nas regras dos tributos estaduais, também aprovada no Congresso.

Na pesquisa do Datafolha, novamente a avaliação negativa do governo federal cresce nas faixas mais pobres do eleitorado e no Nordeste. Esse levantamento, porém, mostra uma melhora da popularidade do presidente na faixa com renda familiar mensal de dois a cinco salários mínimos.

Nesse segmento do eleitorado, a taxa de ótimo/bom de Bolsonaro era de 30% em julho e subiu para 37% agora. No eleitorado do Norte, o índice de ruim/péssimo recuou para 35%, e, entre evangélicos, diminuiu para 28%.

Os três presidentes que tentaram a reeleição no período de redemocratização do país -e que tiveram sucesso- tinham índices maiores de popularidade a essa altura do mandato nos levantamentos do Datafolha. Lula, em 2006, tinha índice de ótimo ou bom de 52%. Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e Dilma Rousseff, em 2014, tinham, respectivamente, 39% e 38% de aprovação.


Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!