RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Lula (PT) adotou nesta sexta-feira (26) a estratégia de listar leis sancionadas em seu governo para tentar quebrar a resistência no eleitorado evangélico à sua candidatura à Presidência.
Em reunião com o deputado Marcelo Freixo (PSB), candidato ao Governo do Rio de Janeiro, o petista disse que sua campanha planeja um ato em São Gonçalo (RJ) voltado para o grupo religioso.
"Não sou daqueles que misturam política. Mas nós precisamos esclarecer algumas coisas. As pessoas não sabem que quem criou a lei da liberdade religiosa foi o meu governo, em 2003. O Dia Nacional da Marcha para Jesus em 2009, o Dia Nacional do Evangélico foi criado em 2010 ainda no meu governo. E o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho foi no governo da Dilma Roussef em 2013", afirmou o ex-presidente.
Lula afirmou que é preciso desfazer críticas feitas por "determinadas pessoas de má fé, mentirosas, tentando transformar religião em partido político".
"É preciso que a gente diga para os evangélicos, para as pessoas normais, o que alguns pastores não querem dizer."
Dados da pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostram o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 49% das intenções de voto nesse grupo, contra 32% do petista.
Entre os eleitores mais pobres desse grupo (renda familiar até dois salários mínimos), porém, Lula atinge 41% da preferência contra 38% de Bolsonaro.
O recorte explica a estratégia de focar o debate da crise econômica nesse grupo. As leis listadas visam minar a estratégia de Bolsonaro de, com a pauta moral, ampliar a rejeição a Lula entre evangélicos.
"Tenho pleno interesse de fazer o debate com evangélicos e discutir não religião. Discutir o Brasil, política, emprego, a fome, a cultura, a situação da mulher brasileira duplamente sofrida com essa situação."
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