MACEIÓ, AL (UOL-FOLHAPRESS) - Durante ato de campanha promovido pelo presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Luiz, no Maranhão, no último dia 3, a socióloga Rosângela da Silva, esposa do petista, pediu, em tom de brincadeira, para que ele ingerisse uma bebida conhecida na região como "viagra do sertão".
Na ocasião, uma mulher ofereceu a Lula e à Janja um líquido produzido a partir da massa do coco babaçu, que ela contou servir de merenda para os alunos maranhenses e também para os estudantes de outros estados.
"Isso é para tomar. Esse é o nosso alimento, é o alimento que vai para as escolas do Maranhão, do Piauí, Tocantins, Pará", diz.
Ao fundo, outra mulher, identificada como Sandra, acrescenta que a bebida também é conhecida no Maranhão como o "viagra do sertão", e arranca risadas da plateia, até mesmo de Janja que, em tom de brincadeira, pede a Lula que tome o líquido: "Bebe, meu bem", diz a socióloga, rindo.
Agora, o vídeo do momento tem sido compartilhado em tom jocoso por perfis bolsonaristas nas redes sociais, a exemplo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deturpou a gravação para passar uma conotação diferente, ao aludir à virilidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se autoproclama como "imbrochável".
"Além de Deus, pátria, família e liberdade, papai é o único presidenciável também em mais uma área aí", legendou Eduardo Bolsonaro.
FALA DE BOLSONARO É 'DEGRADANTE', DIZ HISTORIADORA
Em diversas ocasiões desde que assumiu o governo, Bolsonaro tem dito não sofrer com problemas relacionados a disfunção erétil. No último dia 7 de setembro, durante discurso em manifestação, o atual chefe do Executivo, que tenta a reeleição, afirmou em alguns momentos que é "imbrochável". Ontem, em sua live semanal, Bolsonaro, leu uma notícia sobre problemas de ereção atingirem 70% dos homens da idade dele e, rindo, respondeu: "Eu estou nos 30%, tá ok?
Ao UOL, a historiadora Heloisa Starling apontou que a fala de Bolsonaro sobre sua virilidade, em pleno 7 de setembro, é algo "degradante para a democracia".
"A atuação política do presidente é sempre a mesma, ele degrada a democracia. Esse discurso dele é um discurso que degrada o 7 de setembro com a imaginação brasileira. Se apropria de um evento cívico para fazer propaganda eleitoral e é degradante o cara dizer 'imbrochável' no 7 de setembro e bicentenário da Independência. Degrada, desmoraliza e quanto mais degradado, mais eficiente se torna o discurso dele contra a democracia", disse a historiadora.
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