BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o pedetista Ciro Gomes aceitou participar de uma entrevista com o podcaster e youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark. Em fevereiro deste ano, o influencer foi desligado do Flow após defender que nazistas deveriam ter o direito de ter um partido.
A entrevista para o Monark Talks está agendada para 19h desta quarta-feira (21). Até agora, Ciro é o único presidenciável a participar do podcast. O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a senadora Simone Tebet (MDB) deram entrevista ao podcast Flow. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ao PodPah.
Em suas redes sociais, Monark costuma criticar Lula e defender a liberdade de expressão e o liberalismo econômico.
Em 18 de setembro, fez uma postagem na qual afirmou que se Lula ganhar as eleições, "vamos ter um Brasil onde o presidente estava provavelmente envolvido no maior esquema de corrupção da história brasileira, foi condenado em 3 instâncias por isso", escreveu. "Tipo que porra é essa? Ser ultra corrupto agora é apenas um detalhe insignificante?"
Dois dias antes, ele também criticou o ex-presidente. "Se você acha o Bolsonaro um mito, você é cego, agora se você acha ele pior que o Lula você também é cego. Desculpa aos que se ofenderam, mas Lula não dá. Lula é um mafioso dos mais alto calibre, servo da oligarquia."
No dia 10 de setembro, escreveu: "Melhor segundo turno seria Bolsonaro vs Ciro Gomes, Lula não merece sequer ir para o segundo turno na minha opinião, de fato ele nem deveria está disputando, foi solto por uma manobra política do judiciário."
O YouTuber foi demitido do podcast em fevereiro deste ano após defender o nazismo. "A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei", disse em programa que teve a participação dos deputados federais Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP).
Diante da repercussão da declaração, o podcast emitiu comunicado oficial sobre o desligamento do YouTuber. O episódio foi tirado do ar. Monark se pronunciou em seguida e afirmou que a frase foi tirada de contexto. Em fevereiro, logo após o episódio, Tebet apresentou no Senado um projeto para criminalizar a apologia ao nazismo.
Em junho deste ano, o podcaster disse ter se arrependido de ter pedido desculpas no caso do nazismo. Ainda irritado com a repercussão do episódio, Monark também afirmou em uma rede social que votaria em Bolsonaro e faria campanha para o presidente se a mídia continuasse falando mal dele.
Antes, em 2021, Monark havia questionado em um post no Twitter se "ter opinião racista é crime". Após a demissão do Flow podcast, Monark migrou para a plataforma Rumble, depois de ser proibido pelo YouTube de criar novos canais.
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