SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Se o segundo turno da eleição presidencial fosse hoje e a disputa ficasse entre os candidatos que lideram a corrida até aqui, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateria o incumbente, Jair Bolsonaro (PL), por 54% a 38%.

É o que mostra a nova pesquisa do Datafolha sobre o cenário eleitoral deste ano, realizada de terça (20) a quinta (22). É um cenário de estabilidade ante a mesma simulação feita há semana, quando os rivais tinham os mesmos percentuais. Outros 7% dizem que votariam em branco e 2% não opinaram.

Objeto do desejo principalmente da campanha petista, que sonha com um movimento de manada pelo voto útil para encerrar a disputa daqui a dois domingos, os eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) se dividem de forma desigual ao serem questionados em quem votariam.

A ostensividade de Lula parece não ter agradado aos ciristas: em uma semana, caiu de 51% para 43% o número desses eleitores que apoiaria o petista na rodada final. Já os que votariam em Bolsonaro passaram de 24% para 28%, e os que anulariam, de 24% para 27%. Ciro teve 7% das intenções de voto para o primeiro turno nesta rodada.

A divisão entre os 5% que preferem a senadora do Mato Grosso do Sul é oscilou de 40% para 42% em favor do petista, de 24% para 27% para o presidente e se mantiveram em 28% aqueles que afirmam votar em branco nesse cenário.

O instituto ouviu 6.754 pessoas em 343 cidades, e a pesquisa encomendada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo está registrada sob o número BR-04180/2022 no Tribunal Superior Eleitoral. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%.

Lula segue tendo o menor patamar de dianteira desde que voltou a ser incluído no rol de candidatos do questionário do Datafolha, ao recuperar os direitos políticos em maio do ano passado. Em dezembro, sua vantagem chegou a ser de 50% a 30%.

Neste levantamento, Lula voltou ao patamar de 50% de votos válidos --a métrica definidora do resultado da Justiça Eleitoral, que exclui da conta dos votantes aqueles que anularam ou escolheram em branco. Se tiver 50% mais um voto, ganha. A abstenção, que não é aferível agora, tem papel preponderante nessa equação.


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