SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Um homem deu tiros para o alto, ameaçou e hostilizou cabos-eleitorais petistas que faziam campanha em Montes Claros, norte de Minas Gerais.

O episódio aconteceu por volta das 9h30 desta sexta-feira (23) no bairro São Geraldo, onde acontecia uma ação de campanha em prol do candidato a deputado federal Paulo Guedes (PT), do candidato a governador Alexandre Kalil (PSD) e do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com carros de som, bandeiraço e entrega de santinhos.

Ao entrar em uma das ruas do bairro, a equipe foi surpreendida por um policial militar em folga que saiu de casa e começou a hostilizar os cabos eleitorais. A equipe, formada em sua maioria por mulheres, foi alvo de xingamentos e de gestos obscenos do homem.

De acordo com o boletim de ocorrência, a moradora que estava no imóvel disse à polícia que o único homem que vive na casa é seu filho, um policial militar que está interditado judicialmente e fora de serviço. Ela ainda afirmou que o filho não estava no local.

Segundo o relato das testemunhas que consta no boletim de ocorrência, o homem chamou os militantes de "cambada de ladrão", proferiu palavras de baixo calão e mandou que saíssem do que chamou de sua calçada.

"É um ato que atenta contra a democracia e o processo eleitoral", afirmou o advogado Edmo de Oliveira, coordenador jurídico da campanha de Paulo Guedes. Ele afirma ainda que não foi o primeiro caso em que equipes da campanha foram ameaçadas em Montes Claros.

Ainda segundo relato dos cabo-eleitorais que trabalhavam no local, o homem entrou na sua casa, lançou spray de pimenta na direção da rua e deu três tiros para o alto, assustando a militância que decidiu encerrar o ato.

Equipes da Polícia Militar foram até o local para garantir a segurança dos cabos eleitorais. Os advogados da campanha registraram um boletim de ocorrência.

O deputado federal Paulo Guedes prestou solidariedade aos trabalhadores e cobrou providências das autoridades para garantir a segurança na campanha.

"As pessoas que cuidam da nossa campanha foram frontalmente ameaçadas por pessoas que têm muito ódio no coração e não sabem lidar com a democracia. O caso é mais grave ainda quando se trata de policiais à paisana que sacam armas e ameaçam as pessoas da nossa campanha", afirmou.

Neste sábado, o PT de Montes Claros deve fazer uma caminhada pela paz e vai incentivar à militância a intensificar os atos de campanha na semana final antes das eleições.

A Policia Militar de Minas Gerais foi procurada, mas ainda não se posicionou sobre o episódio.


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