SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A aparição de Geraldo Alckmin (PSB) no programa de TV de Fernando Haddad (PT), criticando diretamente o governo de Rodrigo Garcia (PSDB), gerou surpresa e irritação na campanha do tucano, além de um debate sobre como reagir aos ataques na mesma moeda.

Relembrar diversos esqueletos de Alckmin quando era tucano, incluindo escândalos de corrupção, é uma das cartas na mesa.

"Tive a honra de comandar São Paulo por 14 anos. E governei para todos. Por isso, hoje me dói ver o governo do estado cortando benefícios que levamos anos para conquistar. Andando para trás na segurança, na saúde e na educação. E virando as costas para o litoral e o interior", diz Alckmin no programa levado ao ar por Haddad nesta segunda-feira (26).

O hoje vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi governador nos períodos 2001-06 e 2011-18, sempre no PSDB.

Como diz um aliado de Rodrigo, há muita gente na atual máquina do estado que conviveu com Alckmin e tem conhecimento sobre detalhes de suas passagens pelo Palácio dos Bandeirantes.

Uma lista inicial de pontos fracos do ex-tucano inclui o corte na distribuição de leite para crianças, o cartel do metrô e o papel de seu cunhado na arrecadação de recursos para a campanha.

A princípio, não há intenção de que esses assuntos sejam trazidos à tona pela campanha de reeleição do governador ainda no primeiro turno, porque a disputa atual é com Tarcísio de Freitas (Republicanos) pela vaga na etapa final contra Haddad.

Mas num eventual segundo turno do tucano contra o petista, a possibilidade de uma ofensiva contra Alckmin, inclusive no horário de TV, não está descartada, segundo apurou o Painel.


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