BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Aliados do governador do Rio, Claudio Castro (PL), estão preocupados com a possibilidade do candidato Marcelo Freixo (PSB) fazer uma campanha bem-sucedida associando-o a seus antecessores envolvidos em escândalos de corrupção.

Fazem parte do seu amplo arco de alianças os herdeiros do ex-presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) Jorge Picciani e do ex-governador Sergio Cabral, além de Anthony Garotinho (União) e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

O tema já vem sendo explorado pelos adversários, mas, em um eventual segundo turno, conselheiros de Castro temem que os impactos à sua candidatura sejam maiores. Primeiro porque Freixo já terá feito o trabalho de apresentação da sua biografia, principalmente na Baixada e interior fluminenses, onde é menos conhecido.

E segundo porque, em um embate direto e com mais tempo de propaganda eleitoral, o deputado poderá dispor se dedicar mais aos ataques.

Como a Folha mostrou, Castro vem buscando o voto útil do eleitor nesta reta final da campanha.

A última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (22), mostrou Castro pela primeira vez na liderança isolada nas intenções de voto, com 36% contra 26% do principal adversário.

Os dados mostram que o avanço do governador se deu principalmente entre eleitores de Bolsonaro, que o apoia. Ele subiu de 54% para 62% nesse eleitorado. A campanha avalia ser possível ampliar ainda mais esse contingente.


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