SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) disse, durante a sabatina Folha de S.Paulo/UOL, nesta quinta-feira (29), que a Operação Lava Jato foi usada para tirar o petista das eleições de 2018.

"Minha opinião: acho que [a Lava Jato] foi feita para tirar o Lula da eleição em 2018. Isso se comprovou depois", disse o ex-governador paulista. "Não tinha nenhuma razão para o processo estar lá em Curitiba, não havia competência para isso, e havia parcialidade, porque se tinha conversas [entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores]."

Questionado se o veredito de parcialidade de Moro na Lava Jato é apenas "formalidade", Alckmin negou. "Isso é extremamente grave porque o Ministério Público tem o dever de defender a lei. E o juiz tem que ser imparcial."

"Lula, em 2018, foi injustiçado e acho que a população reconhece isso. Houve desvios na Petrobras? Houve, e devem ser punidos. O que a população quer? Que a justiça seja feita, que ela seja correta, absolva quem não não cometeu delito, e puna quem cometeu. Não achei, por exemplo, correto o Moro, tendo sido o juiz da causa que tirou o Lula da disputa, depois aceitar ser ministro de quem ganhou. Quer dizer, é estranho", afirmou.

A deputada Mara Gabrilli (PSDB), vice de Simone Tebet (MDB), foi entrevistada na segunda-feira (26). Na quarta (28), foi a vez de Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador e candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT).

Candidato a vice do presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto (PL) não confirmou sua participação. Os encontros ocorrem presencialmente, no estúdio do UOL, localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, zona sul da capital paulista.


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