SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e os presidentes das seccionais da OAB no Nordeste divulgaram nesta quinta-feira (6) uma nota em repúdio "às manifestações xenófobas e covardes perpetradas contra os nordestinos" após o resultado do primeiro turno das eleições, que ocorreu no último domingo (2).
Os ataques ao Nordeste aconteceram após o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) conseguir uma vantagem sob Jair Bolsonaro (PL) na região. O petista fez 67%, contra 26,8% do atual mandatário.
"Embora legítima a pluralidade de ideias e de projetos políticos que expressem os diversos anseios e ideais da nossa população, é inadmissível, nos dias de hoje, convivermos com manifestações que buscam agredir e diminuir a importância de brasileiros e brasileiras que exercem sua cidadania", afirma a nota dos presidentes das OABs.
O texto também diz que além de sua importância econômica, riquezas naturais e diversidade cultural, é do Nordeste que "nasce um povo trabalhador e orgulhoso de suas origens".
O próprio Bolsonaro chegou a citar na quarta-feira (5) o analfabetismo na região para tentar explicar a derrota sofrida. "Lula venceu em 9 dos 10 estados com maior taxa de analfabetismo. Você sabe quais são esses estados? No nosso Nordeste. Não é só taxa de analfabetismo alta ou mais grave nesses estados. Outros dados econômicos agora também são inferiores na região", disse.
O mandatário ainda culpou as gestões petistas na região pelos baixos índices de desenvolvimento. Na primeira rodada do pleito deste ano, Lula também venceu no Norte, mas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste o atual presidente saiu vencedor.
Celebridades como a cantora Juliette, o humorista Whindersson Nunes e o economista Gil do Vigor rebateram comentários xenófobos nas redes sociais.
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